Motoristas de aplicativo de todo o Brasil organizaram uma paralisação de 24 horas em protesto contra as condições de trabalho oferecidas pelas empresas do setor. Manifestações ocorreram em diversas cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Curitiba, Belo Horizonte e Goiânia.
A paralisação foi convocada por meio de grupos de mensagens de motoristas de aplicativo em todo o país. Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas estejam trabalhando como motoristas de aplicativo no Brasil, sendo 370 mil apenas na cidade de São Paulo, a maior concentração de motoristas entre todas as capitais brasileiras.
Apesar da grande mobilização, a adesão à paralisação foi parcial. Os motoristas reivindicam a isenção de impostos, mais segurança e melhores condições de trabalho.
Em entrevista ao programa Bora Brasil, da Band Jornalismo, o presidente da associação dos motoristas de aplicativos de São Paulo criticou as empresas do setor por suas políticas de tarifas variáveis. “Grande parte das corridas chegam até 60% de desconto de taxa por parte das empresas, mas em que situação isso acontece é imprevisível. A gente não tem uma especificação”, afirmou.
Em resposta, a Uber anunciou que passará a exibir a taxa média aos motoristas. Já a 99 afirmou que assegura a taxa máxima acima de 19,99% aos condutores, uma tentativa de amenizar as incertezas mencionadas pelos motoristas. Com essas ações, as empresas buscam uma solução para a crise que se instaurou entre os motoristas e as plataformas digitais de transporte.
