Teresina, 8 de maio de 2024
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Política é o pulsar do sentimento popular

À medida que Franzé Silva desfila confiantemente pelos corredores da política, seus companheiros pré-candidatos expressam desconforto, criticando a imutabilidade de sua postura sem tomar medidas concretas para contrabalançar. Franzé está navegando em águas perigosas, correndo o risco de alienar seu próprio partido e confundir imposição com um autêntico processo de construção colaborativa.
Editorial do Jornal Diário do Povo sobre as movimentações de Franzé Silva na construção de sua pré-candidatura.
Editorial

Franzé Silva, o atual presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, tem provocado ondas de desconforto entre seus colegas pré-candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT), com suas ações que parecem antecipar uma certeza de candidatura que ainda não foi oficializada.

Fábio Novo, também do PT, lançou uma crítica velada a Silva, destacando a importância do apoio popular na corrida eleitoral. Ele lembrou a derrota do PSDB em 2020, apesar de ter a máquina da prefeitura e um grande número de candidatos a vereador em partidos aliados. A mensagem de Novo é clara: a popularidade, seja ela traduzida pela empatia do público ou pela simpatia pelo nome, é um elemento crucial na disputa eleitoral. Nos bastidores, murmura-se que Silva carece desse tipo de apoio popular.

A crítica de Vinícius Nascimento, outro pré-candidato do PT, foi ainda mais direta. Ele acusou Silva de agir como se já tivesse sido escolhido como pré-candidato a prefeito pelo PT, o que tem dificultado o diálogo com os outros pré-candidatos da base do Palácio de Karnak, incluindo o presidente da Câmara, Enzo Samuel, do PDT.

Nascimento afirmou: “A forma de trabalho do Franzé está como se já tivesse uma campanha, como se já tivesse definido o candidato, como se já tivesse a escolha do partido por ele.” Ele ressaltou a necessidade de uma “construção social” na pré-candidatura e a importância de conversar com as comunidades.

Essas críticas apontam para uma questão maior: a necessidade de diálogo e construção coletiva dentro do partido. A postura de Silva, se interpretada como presunção, pode ser vista como um desrespeito ao processo democrático interno do partido e aos outros pré-candidatos. A unidade partidária é crucial, especialmente em uma eleição municipal, onde a divisão pode levar à derrota.

As estratégias adotadas por cada pré-candidato para buscar apoio popular são variadas, mas todas elas parecem concordar em um ponto: a importância do diálogo e da construção coletiva. A popularidade não pode ser imposta, mas deve ser construída através do engajamento com as comunidades e da demonstração de empatia e compreensão das necessidades do povo.

As divergências internas no PT podem ter repercussões significativas para a unidade partidária e para o processo eleitoral em Teresina. Se não forem resolvidas de maneira satisfatória, podem levar a uma divisão que enfraqueceria o partido na corrida eleitoral.

Mas se de um lado Franzé Silva parece incomodar por agir demais, os outros pecam por não agirem. Entre os governistas, o apoio mais esperado é o de Rafael Fonteles. Inerte, por enquanto, Fonteles deve estar observando a movimentação de todos os pré-candidatos do seu partido, ou a falta dela.

Franzé pode até não ser o candidato de Rafael hoje, mas do governador não pode deixar de reconhecer que ele é o único que vem avançando – mesmo sem seu apoio.

A situação em Teresina é um lembrete de que a política não é apenas uma questão de poder, mas de sentimento. A popularidade e o apoio popular não são garantidos, mas são conquistados através de um trabalho constante de engajamento e diálogo com as comunidades que se pretende representar.

E em meio a tantas ações políticas, Franzé Silva, ao que parece, pode estar esquecendo essa lição fundamental. Seus movimentos, que parecem presumir uma candidatura garantida, estão causando desconforto. Isso não é apenas uma questão de etiqueta política, mas uma questão de respeito pelos princípios de construção coletiva que o PT diz defender.

A situação em Teresina é um microcosmo da política brasileira em geral. As tensões internas e as disputas pelo poder podem facilmente ofuscar o objetivo principal de qualquer partido político: servir ao povo.

A popularidade não pode ser forçada ou presumida, mas deve ser conquistada através de um trabalho constante de engajamento e diálogo com as comunidades que se pretende representar.

Em última análise, o sucesso de qualquer candidato depende não apenas de sua habilidade para navegar nas águas turbulentas da política interna do partido, mas também de sua capacidade de conectar-se com o eleitorado em um nível pessoal. A popularidade, como bem lembrou Fábio Novo, é um elemento crucial na disputa eleitoral.

Para Franzé Silva e todos os outros pré-candidatos, a mensagem deve ser clara: a corrida para a prefeitura de Teresina não será ganha somente através de manobras políticas internas, mas através do engajamento genuíno com o povo de Teresina.

Mas no final do dia, é o povo que decide. E o povo de Teresina, como todos os eleitores, valoriza a autenticidade, a empatia e o compromisso com o serviço público.

A política é um jogo complexo, cheio de nuances e sutilezas. Mas também é sentimento que faz o coração do eleitor pulsar.

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