Teresina, 4 de outubro de 2024
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Polícia Federal faz busca e apreensão em endereços ligados ao senador Marcos do Val

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes na noite desta quarta (14). Polícia Federal cumpriu mandatos de busca e apreensão também no gabine de Marcos do Val no Senado.

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (15) uma operação de busca e apreensão em endereços vinculados ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). A ação é parte de uma investigação solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura suspeitas de crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação.

O mandado de busca e apreensão referente ao caso foi assinado na noite de ontem e atingiu o apartamento funcional ocupado por do Val em Brasília, seu gabinete no Senado e um endereço no Espírito Santo.

O inquérito foi iniciado em fevereiro, depois que Do Val realizou uma transmissão ao vivo em suas redes sociais. Na live, ele alegou que uma reportagem da revista Veja revelaria que o presidente Jair Bolsonaro tentou coagi-lo a “dar um golpe de Estado junto com ele”.

Contudo, horas após a acusação direta, o senador retratou-se, afirmando que Bolsonaro “apenas ouviu” o plano do ex-deputado federal Daniel Silveira e que estaria refletindo sobre a situação.

Em sua decisão para abrir a investigação, o ministro Moraes destacou que o senador, quando ouvido como testemunha pela Polícia Federal, apresentou “uma quarta versão dos fatos por ele divulgados”, todas contraditórias entre si. Segundo Moraes, isso evidencia “a pertinência e necessidade de diligências para o seu completo esclarecimento”.

Pedido de afastamento do mandato negado

Conforme apurado pelo site Metrópoles, a Polícia Federal solicitou o afastamento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) de seu mandato. No entanto, tal pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A requisição dessas medidas ocorreu após investigadores identificarem tentativas do parlamentar de obstruir apurações sobre os atos classificados como terroristas ocorridos em 8 de janeiro. O senador é atualmente investigado por suspeitas de crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação.

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