Teresina, 14 de dezembro de 2024
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CPI quer dados do jornalista Wellington Macedo

A CPI dos Atos Golpistas investiga os ataques ocorridas em janeiro. Wellington Macedo, ex-assessor de Damares Alves, é um dos principais alvos. Conheça sua carreira, as acusações e as repercussões do caso.
Foragido, Wellington Macedo teve pedido de sigilo feito na CPI dos Atos Antidemocráticos. Jornalista cearense foi assessor de Damares
Wellington Macedo: ex-assessor da então ministra e agora senadora Damares (PL).

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas, instalada na última quinta-feira (25), tem como objetivo principal investigar as invasões ocorridas em 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram alvo de atos ilegais. Em menos de 48 horas após sua instalação, a CPI recebeu 48 pedidos de quebra de sigilo, incluindo o do jornalista cearense Wellington Macedo de Souza, 47 anos, atualmente foragido da Justiça.

Macedo é suspeito de tentar implantar uma bomba em um caminhão em Brasília, crime ocorrido em dezembro do ano passado. O jornalista, que estava usando uma tornozeleira eletrônica na época, é procurado há 5 meses. Os demais suspeitos já se entregaram à polícia.

Quebras de sigilo de Wellington Macedo

Os pedidos de quebra de sigilo incluem acesso a informações bancárias, fiscais, telefônicas e telemáticas (dados contidos em dispositivos eletrônicos, como celulares) de Macedo. Esses requerimentos, em sua maioria, foram feitos pelo PT e PDT, partidos que compõem a base do governo. A aprovação desses pedidos ainda precisa ser votada no plenário da Comissão, com reuniões previstas para começar na próxima semana.

Carreira e controvérsias

Natural de Sobral, a 245 quilômetros de Fortaleza, Wellington Macedo iniciou sua carreira na comunicação cobrindo notícias da região norte do Ceará. Em 2018, começou a publicar notícias alinhadas com o bolsonarismo.

Macedo também ocupou um cargo comissionado na Diretoria de Promoção e Fortalecimento de Direitos da Criança e do Adolescente, vinculada à Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, entre fevereiro e outubro de 2019, quando o era ministra a atual senadora Damares Alves.

Acusações e consequências

Em 2018, o jornalista foi alvo de, pelo menos, 59 ações por danos morais movidas por diretores de escolas do município de Sobral, no interior do Ceará. As ações foram motivadas pela série de reportagens “Educação do Mal”, veiculadas em seu canal no YouTube, em que Macedo acusava o município de Sobral de um suposto esquema de fraudes para melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na cidade.

Fuga e apelo nas redes sociais

Enquanto foragido, Macedo utilizou as redes sociais para pedir dinheiro, alegando necessidade de recursos para se esconder da polícia. A situação levantou ainda mais questionamentos sobre suas ações e intenções.

A CPI dos Atos Golpistas segue em busca de respostas e justiça, enquanto o país acompanha atentamente o desenrolar deste caso complexo e preocupante.

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