A temática da leitura tem ganhado destaque nas escolas do Rio de Janeiro, com iniciativas que buscam transformar os espaços educacionais em verdadeiros oásis do conhecimento. A diretora da escola, Elizabeth Mendes Pereira, compartilha uma visão inovadora.O objetivo? Proporcionar momentos de leitura durante os intervalos, cultivar o hábito literário e promover interações significativas entre os alunos. Uma estratégia simples, mas que pode ter um grande impacto na formação dos jovens.
A importância da leitura na formação dos alunos
A leitura é um pilar fundamental na alfabetização e no desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescentes. Diversos estudos mostram que crianças que leem com frequência tendem a ter melhor desempenho escolar, além de desenvolverem habilidades sociais mais robustas. Portanto, iniciativas que incentivam a leitura dentro das escolas contribuem significativamente para a formação de cidadãos mais críticos e informados.
Num cenário onde a distração proporcionada por celulares e redes sociais é cada vez mais presente, a diretora menciona a importância de criar alternativas que atraiam a atenção dos alunos. “Qual é a ideia? Eles estarem aqui no pátio, no recreio, na educação física, esperando o responsável, às vezes chega mais cedo, senta e vai ler um livro. Não tem nada pra fazer, o que é que tem? Tem o livro”, explica Elizabeth.
Práticas inovadoras nas escolas
Dentre as práticas adotadas estão a criação de “geladeiras literárias” que oferecem livros de forma gratuita, iniciativas como a “canga da leitura” que envolvem a participação dos alunos na troca de livros, e a banimento temporário do uso de celulares durante o horário escolar. Esses métodos têm mostrado resultados promissores, com estudantes se envolvendo mais em discussões literárias e expandindo seu repertório cultural.
A canga da leitura e a geladeira literária
A “canga da leitura” é um projeto que permite que os alunos levem livros de casa e os disponibilizem para seus colegas. Assim, os estudantes não só ampliam suas opções de leitura, mas também fomentam um senso de comunidade e solidariedade ao compartilharem suas histórias favoritas. Por outro lado, as “geladeiras literárias” funcionam como pontos de acesso à leitura, onde livros são deixados para que outros os retirem. Este sistema de “pegar e deixar” ajuda a criar um ciclo de incentivo que pode beneficiar a toda a comunidade escolar.
Desafios e perspectivas futuras
A implementação dessas iniciativas não vem sem desafios. Durante a adaptação a esse novo formato de atividades, alguns alunos ainda enfrentam resistência ou falta de interesse inicial. No entanto, a equipe pedagógica acredita que a exposição constante e o ambiente favorável à leitura podem paulatinamente mudar essa percepção. “Estamos criando um novo hábito, e isso leva tempo. Mas a cada livro lido, a cada conversa sobre literatura, estamos conquistando pequenos avanços”, ressalta Elizabeth Mendes.
À medida que os alunos começam a apreciar a leitura como uma forma de entretenimento e aprendizado, as perspectivas futuras são promissoras. Estudos indicam que o estímulo à leitura pode não apenas melhorar o desempenho escolar, mas também fomentar um maior envolvimento cívico na vida adulta, criando cidadãos mais informados e ativos na sociedade.
Conclusão: uma nova cultura de leitura
As iniciativas de incentivo à leitura nas escolas do Rio de Janeiro representam um passo importante rumo à criação de uma nova cultura literária entre os jovens. Com a colaboração de diretores, professores e pais, é possível transformar momentos antes vistos como vazios em oportunidades valiosas de aprendizagem e sociabilidade. Em meio a uma era digital, cultivar o gosto pela leitura se torna uma missão ainda mais essencial, preparando os alunos para um futuro onde o conhecimento continua a ser a chave para o sucesso.
