Brasil, 17 de maio de 2025
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Petroleiros anunciam greve de advertência em resposta a mudanças na Petrobras

Greve está programada para os dias 29 e 30 de maio, em meio a tensões sobre teletrabalho e remuneração.

Na última quarta-feira (14), as federações que representam os trabalhadores da categoria petroleira anunciaram uma greve de advertência programada para os dias 29 e 30 de maio. A paralisação das atividades é uma resposta à falta de avanços nas negociações com a Petrobras, destacando assim as questões trabalhistas que ainda permanecem sem solução.

Detalhes da greve e suas razões

A greve, que começará às 7h do dia 29 de maio e terminará às 19h do dia 30 de maio, foi motivada pelas tensões crescentes em torno da política de remuneração variável e os cortes de custo implementados pela companhia. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a paralisação é uma “resposta direta à ausência de avanços concretos nas negociações que envolvem questões cruciais para os trabalhadores”.

A Petrobras, por sua vez, afirmou que ainda não havia sido oficialmente notificada sobre a greve, mas respeita o direito de manifestação dos empregados. A companhia também enfatizou que está em diálogo contínuo com as entidades sindicais, buscando esclarecer as mudanças que serão implementadas em seu novo modelo de teletrabalho, que entrará em vigor na mesma data da greve.

O impacto das mudanças no teletrabalho

A crise do teletrabalho na Petrobras

Desde o início de 2024, mudanças significativas foram propostas na carga de trabalho dos petroleiros. Em janeiro, a diretoria da Petrobras anunciou que aumentaria a presença presencial de dois para três dias na semana, exceto para pessoas com deficiência e seus cuidadores. Essa decisão, considerada unilateral, gerou indignação entre os empregados, levando a uma série de paralisações pontuais.

Em maio, novas regras foram apresentadas, permitindo que gestantes e pais de crianças pequenas continuem a trabalhar remotamente por três dias na semana. Contudo, a insatisfação com as decisões da empresa persiste, especialmente após a divulgação de lucros recordes. Em seu último relatório, a Petrobras anunciou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que contrasta com as medidas de austeridade implantadas para os trabalhadores.

A insatisfação dos trabalhadores com a gestão da Petrobras

As federações criticaram a “incoerência” da gestão atual, que, segundo elas, prioriza a distribuição de lucro aos acionistas enquanto impõe medidas de austeridade para os trabalhadores. “É inaceitável que, diante de lucros recordes, os trabalhadores sigam sendo penalizados”, afirmam em comunicado oficial. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, chamou a atenção após anunciar os lucros e, em seguida, falar sobre a necessidade de cortes.

Os petroleiros expressaram sua indignação após esses eventos, reforçando a ideia de que as condições de trabalho e a segurança nas operações devem ser prioridades. Eles denunciam uma cultura de subnotificação de acidentes e exigem maior transparência na gestão da segurança nas unidades operacionais.

Perspectivas futuras e proposta de contraproposta

As federações ainda planejam enviar uma contraproposta unificada à direção da Petrobras, reiterando seu compromisso em buscar melhores condições de trabalho e justiça na distribuição dos resultados da companhia. “Seguiremos comprometidos com a luta por melhores condições de trabalho”, asseveram.

A Petrobras, por sua vez, assegurou que está conversando abertamente com as entidades sindicais e já atendeu algumas reivindicações, com propostas de flexibilização em relação ao teletrabalho. O diálogo continua, mas a insatisfação é palpável entre os trabalhadores, que pedem mudanças mais significativas.

Considerações finais

Em um ambiente de lucros crescentes, a tensão entre a direção da Petrobras e seus empregados permanece elevada. Enquanto as federações lutam por melhores condições, a resposta da gestão da empresa seguirá sendo observada de perto por todos os envolvidos. O desenrolar dessa greve de advertência será um barômetro importante para o futuro das relações trabalhistas na indústria petrolífera brasileira.

Acompanhe as atualizações sobre este assunto e suas repercussões nas próximas semanas, à medida que as negociações continuam e o cenário econômico do Brasil passa por transformações.

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