Brasil, 10 de maio de 2025
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Rendimento médio no Brasil bate recorde em 2024

Em 2024, rendimento médio domiciliar per capita atinge R$ 2.069 e desigualdade social atinge o menor índice da série histórica.

O ano de 2024 marca um novo patamar para o rendimento médio domiciliar no Brasil. Segundo dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda mensal domiciliar per capita alcançou o expressivo valor de R$ 2.069. Esse é o maior montante já registrado desde o início da série histórica, em 2012, e traduz um aumento significativo em relação ao ano anterior.

Crescimento no rendimento e na igualdade social

Em comparação ao ano de 2023, o crescimento foi de 5,4%, quando o valor estipulado era de R$ 1.961. Além disso, em relação a 2019 — o último ano antes da pandemia de Covid-19 — o aumento chega a 9,1%. Um dos dados mais relevantes é que a desigualdade social, medida pelo índice de Gini, atingiu o menor patamar da série, com o índice de 0,506, sinalizando uma melhora na distribuição de renda no país.

Além do rendimento domiciliar, o rendimento real mensal per capita também teve um destaque, ao registrar R$ 2.020 em 2024, um aumento de 4,7% em relação ao valor de R$ 1.929 em 2023. A comparação com o ano de 2012 mostra um crescimento de 19,1% no rendimento real, o que reflete um panorama econômico que busca a recuperação e o crescimento a longo prazo.

Segmentação por regiões e estados

Esses números, no entanto, variam consideravelmente entre as diferentes regiões do Brasil. A região Sul do país apresenta o maior rendimento domiciliar per capita, com R$ 2.499, enquanto a região Nordeste ainda apresenta os menores números, com apenas R$ 1.319. Das Unidades da Federação, o Distrito Federal lidera com um rendimento de R$ 3.276, seguido por São Paulo e Santa Catarina. Em contrapartida, o Maranhão, o Ceará e o Amazonas figuram entre os estados com os menores rendimentos.

Composição do rendimento mensal

Ao analisarmos a composição do rendimento mensal real em 2024, notamos que a maioria dos rendimentos, cerca de 74,9%, provém do trabalho. Este é um aumento em relação a 2023, quando a proporção era de 74,2%. Os programas sociais colaboram de forma modesta com 3,8% da renda, um número ainda inferior ao pico de 5,9% alcançado durante a pandemia em 2020, mas um sinal de que esses programas continuam desempenhando um papel importante na assistência às famílias mais vulneráveis.

É importante destacar que a população que recebe benefícios de programas sociais do governo aumentou de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024, embora essa ainda esteja distante do pico de 27,5 milhões atingido em 2020.

Desigualdade entre ricos e pobres

A desigualdade de renda ainda é uma preocupação no Brasil. O rendimento médio mensal do 1% mais rico foi de R$ 21.767, enquanto os 40% mais pobres tiveram rendimentos de R$ 601. Essa disparidade revela que o crescimento econômico não é igualitário e destaca a necessidade de políticas eficazes para promover uma melhor distribuição de renda.

Contudo, há um aspecto positivo: o rendimento dos mais pobres, que por muito tempo enfrentaram estagnação, cresceu em um ritmo mais acelerado do que o dos mais ricos. As classes de renda mais baixa mostraram, por exemplo, um aumento de 17,6% entre os 5% mais pobres, em comparação às modestas altas registradas entre os grupos de alta renda.

Um olhar para o futuro

Os dados de 2024 apresentam um Brasil que ainda luta contra a desigualdade, mas com sinais de melhora, especialmente no que diz respeito ao aumento do rendimento médio e à redução do índice de desigualdade. À medida que o país avança, é crucial que políticas públicas continuem a focar na equidade social e econômica, garantindo que o crescimento beneficie todos os brasileiros, especialmente os mais vulneráveis.

Os próximos anos serão determinantes para consolidar as conquistas e promover um futuro mais justo e igualitário no Brasil. O acompanhamento contínuo dos dados econômicos e sociais será fundamental para que possamos entender as dinâmicas do nosso país e atuar de forma a promover um desenvolvimento sustentável e acessível para todos.

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