Brasil, 21 de setembro de 2025
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Bob Geldof afirma que ‘complexo de salvador branco’ não existe

O músico e filantropo Bob Geldof rejeita críticas sobre seu trabalho humanitário.

O renomado músico e ativista irlandês Bob Geldof, conhecido por seus esforços filantrópicos, desafiou as críticas recentes que o acusam de ter um “complexo de salvador branco”. Conhecido por sua música e pela fundação da Band Aid e Live Aid, Geldof discute sua experiência e as controvérsias que cercam seu legado humanitário em uma recente entrevista.

Um histórico de ativismo

Aos 73 anos, Geldof tem sido uma figura central na arrecadação de fundos para causas humanitárias, principalmente relacionadas à fome na África. Sua canção “Do They Know It’s Christmas?” e o concerto Live Aid, realizados na década de 1980, ajudaram a arrecadar milhões para combater a fome na Etiópia. No entanto, essas iniciativas também lhe renderam críticas sobre a forma como a ajuda é prestada.

Rejeitando a crítica do ‘salvador branco’

Em uma entrevista recente ao i Paper, Geldof respondeu diretamente à acusação de ter um “complexo de salvador branco”, afirmando: “Isso não existe. É apenas uma palavra, uma teoria como o Pecado Original.” Ele expressou sua insatisfação com o que considera críticas “despertas” à sua abordagem humanitária, enfatizando que sua prioridade é salvar vidas. “Estou apenas interessado em impedir que seres humanos morram de fome”, disse ele.

Reflexões sobre seu impacto pessoal

Apesar de seu impacto significativo, Geldof admitiu que suas atividades filantrópicas tiveram um custo pessoal. Ele reconheceu que seu trabalho com a Band Aid Charitable Trust, que arrecadou quase £150 milhões, e o Live Aid, que levantou cerca de $125 milhões, contribuíram para o fim de seu casamento com a apresentadora Paula Yates. Paula deixou Geldof para ficar com o cantor Michael Hutchence, que morreu em 1997, e passou a falecer de overdose em 2000. “Definitivamente, isso teve um custo”, refletiu Geldof.

As consequências para a música e a banda

As pressões associadas ao ativismo de Geldof também impactaram sua banda, os Boomtown Rats, que se separaram em 1986, mas se reuniram em 2013 e estão comemorando seu 50º aniversário com uma turnê. Ele observou que seu trabalho de arrecadação de fundos muitas vezes ofuscou a música da banda, que teve sucessos como “I Don’t Like Mondays” e “Rat Trap”. “A consequência foi que você sempre se preocupava em decepcionar as pessoas”, acrescentou.

A insistência em continuar o diálogo

Geldof não é estranho à controvérsia e continua a defender suas ações e iniciativas de arrecadação de fundos. Em resposta a críticas sobre um remix recente do Band Aid 40, ele expressou que se sentiu energizado pela discussão que a controvérsia gerou. “Isso é fantástico, pois permite que você acesse o debate político junto com as questões culturais, à medida que sensibilidades e opiniões mudam”.

Ele conclui com uma reflexão sobre seu papel como ativista: “Houve momentos em que considerei como teria sido minha vida se não tivesse me tornado um ativista, mas insisto que fiquei satisfeito com tudo o que aconteceu.” Geldof parece firme em sua crença de que sua contribuição para o mundo é mais importante do que qualquer crítica, reafirmando seu compromisso com a luta contra a fome e a pobreza, independentemente das repercussões pessoais.

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