Brasil, 19 de abril de 2025
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O novo arcabouço fiscal: uma revolução na gestão das contas públicas?

A proposta, conhecida como "arcabouço fiscal", surge como uma resposta às críticas feitas por Lula ao teto de gastos públicos, que, segundo ele, exclui os mais empobrecidos do orçamento público.
Arthur Lira, presidente da Cânara e o deputado Claudio Cajado (PP-BA), durante votação do arcabouço fiscal. Foto: Lula Marques

O atual governo do presidente Lula (PT) esteve empenhado e conseguiu aprovar na Câmara dos Deputados a reformulação das regras fiscais do país – o novo arcabouço fiscal. Foram 372 votos a favor e 108 contra.

A proposta, conhecida como “arcabouço fiscal”, surge como uma resposta às críticas feitas por Lula ao teto de gastos públicos, que, segundo ele, exclui os mais empobrecidos do orçamento público e não prioriza áreas essenciais como infraestrutura, moradia, educação e saúde.

O que é o Arcabouço Fiscal?

O arcabouço fiscal é um conjunto de regras que direcionará a forma como o governo federal administrará as contas públicas. A proposta surge da necessidade de substituir o teto de gastos, uma regra fiscal em vigor desde 2016, que tem como objetivo controlar os gastos públicos.

Arcabouço Fiscal: um rebranding do teto de gastos?

Alguns especialistas têm chamado o novo arcabouço fiscal de um “rebranding” do teto de gastos. O teto de gastos, criado em 2016, é considerado uma das maiores âncoras fiscais do país, com o objetivo central de impedir o descontrole das contas públicas. No entanto, a nova proposta busca estabilizar a dívida pública, equilibrar as contas do governo e aumentar o investimento em áreas sociais consideradas prioritárias.

Por que um novo Arcabouço Fiscal?

O governo Lula argumenta que o teto de gastos não permitiu que o país investisse adequadamente em áreas como infraestrutura, moradia, educação e saúde. Além disso, a medida perdeu credibilidade devido às exceções criadas para contornar a regra. A equipe econômica de Lula pretende criar novos parâmetros fiscais que permitam estabilizar a dívida pública e garantir o investimento em áreas consideradas prioritárias.

O que se espera do Arcabouço Fiscal?

A proposta do novo arcabouço fiscal tem como objetivo instituir um regime fiscal sustentável para garantir a estabilidade macroeconômica do país e criar condições adequadas para o crescimento socioeconômico. No entanto, a medida enfrenta o desafio de encontrar uma solução para as contas públicas de 2023, que prevê um déficit primário de R$ 231,5 bilhões.

Argumentos contra e a favor

A proposta do novo arcabouço fiscal tem gerado opiniões divididas. Alguns especialistas acreditam que a medida pode ajudar no crescimento da economia, na disponibilidade de crédito e no controle da inflação. No entanto, outros expressam preocupação, argumentando que a proposta eleva a ansiedade do mercado sobre a trajetória e a sustentabilidade da dívida.

O Arcabouço Fiscal no Congresso Nacional

A aprovação do novo arcabouço fiscal foi a primeira grande batalha de Lula no Congresso Nacional. A medida foi um teste para a base política do governo e exigiu uma forte articulação. Além disso, se a medida não fosse aprovada ainda em 2023, o orçamento de 2024 teria que seguir as regras fiscais antigas, submetendo-se ao teto de gastos de 2016.

Uma nova perspectiva fiscal

O novo arcabouço fiscal propõe uma revisão das regras fiscais que serão seguidas pelos governantes nos próximos anos. A proposta visa estabelecer novos padrões de governança e dar uma nova perspectiva sobre como o governo conduzirá sua política fiscal.

A expectativa é que a medida traga maior credibilidade e segurança jurídica para o país, tranquilizando as incertezas em relação aos gastos públicos e amenizando as desconfianças que os investidores possam ter em relação ao Brasil. A aceitação da proposta pelo Congresso Nacional foi uma prova para a articulação do governo Lula.

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