Brasil, 25 de junho de 2025
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Árbitro é preso durante partida de futebol em Guarujá

Ederson Carlos da Silva, procurado por tráfico de drogas, foi detido enquanto apitava um jogo amador no litoral paulista.

Ederson Carlos da Silva, um árbitro de 38 anos, foi surpreendido por policiais durante a final de um campeonato de várzea em Guarujá, litoral de São Paulo. Procurado pela Justiça por envolvimento com tráfico de drogas, Ederson foi preso no último domingo (22) enquanto administrava a partida no bairro Vila Ligya.

Captura em plena partida

A prisão de Ederson ocorreu no campo de futebol da Avenida Artur Paixão, onde ele se encontrava em plena atividade como árbitro. A Polícia Militar cumpriu um mandado de prisão preventiva emitido pela 3ª Vara Criminal de Guarujá. De acordo com informações da Polícia Civil, Ederson estava envolvido em uma organização criminosa e era responsável pela logística e armazenamento de grandes quantidades de cocaína.

Investigações e envolvimento criminosa

As investigações que levaram à prisão de Ederson começaram após a apreensão de 450 kg de cocaína na capital paulista. Na ocasião, um motorista de caminhão e um comparsa foram presos em flagrante na tentativa de levar a droga para Guarujá. O delegado Eduardo Camargo Lima, da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), explicou que a partir deste acontecimento, foi desencadeada a ‘Operação Santo Amaro’, que identificou outros envolvidos no tráfico. Ederson Carlos foi um dos nomes que surgiram nas investigações.

Segundo o delegado, Ederson utilizava casas alugadas pela organização para armazenar a droga, que posteriormente era distribuída em várias regiões. Em novembro de 2024, outros cinco homens, ligados ao “alto escalão” do grupo criminoso, foram detidos, mas Ederson havia conseguido escapar e se tornou procurado pela Justiça.

Um árbitro com uma vida dupla

O perfil de Ederson revela um indivíduo com atividade social reconhecida, envolvido em sindicatos e associações, o que o mantinha em evidência na comunidade. O delegado titular da Delegacia Sede de Guarujá, Glaucus Vinícius Silva, comentou sobre a detenção de Ederson, ressaltando que suas transações foram monitoradas e cruzadas com dados disponíveis em bancos de informações sobre medidas penais.

“Ele era uma pessoa que estava nos radares, devido à sua atuação social e à análise dos dados que temos atualmente”, afirmou o delegado. Glaucus não entrou em detalhes sobre os métodos de monitoramento, mas destacou a importância da tecnologia e das técnicas de inteligência que permitiram localizar Ederson durante uma atividade esportiva aparentemente normal.

Detalhes da prisão

Durante a partida, antes de ser detido, Ederson aplicou um cartão amarelo a um jogador, demonstrando que não era apenas um árbitro, mas alguém ativo no contexto do jogo. Um dos jogadores, conhecido como Wellington Paulista, ex-jogador de clubes como Palmeiras e Santos FC, estava participando da partida, ou seja, o evento contava com nomes conhecidos do futebol brasileiro.

Após sua prisão, Ederson foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para realizar exames médicos e, posteriormente, foi encaminhado à Delegacia Sede de Guarujá, onde ficou à disposição da Justiça. Até a última atualização deste relatório, não houve contato da defesa de Ederson, e as informações sobre seus próximos passos legais permanecem incertas.

Reflexões sobre a prisão

A captura de Ederson Carlos da Silva levanta questionamentos sobre a infiltração do crime organizado em atividades cotidianas e a importância das operações policiais para manter a ordem pública. Sua prisão em um evento esportivo reflete a complexidade das relações sociais e a dualidade que algumas pessoas apresentam, vivendo em mundos completamente diferentes.

O evento que deveria ser apenas uma tarde de futebol se transformou em uma operação policial, evidenciando a necessidade contínua de vigilância em relação às atividades que ocorrem nas comunidades, mesmo em contextos que parecem inocentes, como um campeonato de várzea.

Essa situação reforça a urgência de se prestar atenção aos sinais de criminalidade nas comunidades e de como as autoridades podem interceptar atividades ilícitas de maneiras inovadoras e eficazes.

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