Brasil, 17 de maio de 2025
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Técnico de enfermagem é preso suspeito de estupro em hospital no Rio

Justiça mantém prisão de técnico de enfermagem acusado de estuprar paciente dopada no hospital Getúlio Vargas, na Penha.

Na última quinta-feira, 15 de maio, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão em flagrante de Joaquim Rodrigo Bandeira Portella, um técnico de enfermagem acusado de estuprar uma paciente dentro do Hospital Getúlio Vargas, localizado na Penha. A vítima, que estava internada há dez dias após um acidente de trânsito, estaria incapacitada e sob efeito de medicamentos fornecidos pelo suspeito.

A acusação e os detalhes do crime

De acordo com o depoimento da vítima, ao qual o portal G1 teve acesso, Joaquim ofereceu comprimidos que a deixaram sonolenta. A vítima relatou que o técnico de enfermagem ameaçou sua vida com uma seringa e a ordenou a ficar quieta. Em um ato que deveria ser de cuidado, ele passou a mão nas partes íntimas da paciente e, para não ser visto, utilizou um biombo para encobri-la de outros profissionais e pacientes da enfermaria.

As ações de Joaquim culminaram em um ato brutal, onde ele se masturbou na frente da vítima e ejaculou em sua boca. A decisão judicial que mantém a prisão do técnico enfatiza que a mulher estava “dopada e incapaz de oferecer resistência” durante o episódio. Ela chegou a pedir ajuda aos familiares, tanto durante quanto após o ocorrido.

Investigação e evidências

Com o caso sendo tratado como prioridade pela polícia, um exame pericial confirmou a presença de espermatozoides em um conteúdo que a vítima cuspiu após o ataque, coletados em uma garrafa para análise. O técnico de enfermagem se recusou a fornecer material biológico para confrontar essas evidências na delegacia.

Além de Joaquim, vale ressaltar que este não é o primeiro caso de acusação de assédio sexual dentro do ambiente hospitalar em que ele está envolvido. Em 2022, um anestesista também foi acusado de estupro em circunstâncias similares, levantando a questão da segurança e do bem-estar dos pacientes dentro das unidades de saúde.

Reação da Secretaria de Saúde

A Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro divulgou uma nota repudiando o episódio. O documento informava que, assim que a gestão do hospital tomou conhecimento do caso, comunicou imediatamente as autoridades competentes. Medidas de apoio à família foram oferecidas e o funcionário terceirizado foi desligado de suas funções com rapidez.

A nota menciona que a Secretaria está à disposição para colaborar com as investigações e que uma equipe multidisciplinar foi designada para prestar acompanhamento psicológico à paciente e à família, demonstrando um compromisso com a assistência ao bem-estar dos afetados.

A importância da segurança no ambiente hospitalar

Casos como o descrito suscitam debates fundamentais sobre a segurança e o respeito no ambiente hospitalar. Os pacientes confiam em profissionais de saúde para cuidarem deles em momentos vulneráveis, e a quebra dessa confiança gera consequências graves não apenas para as vítimas, mas para todo o sistema de saúde, que deve zelar pela dignidade e segurança de todos.

A sociedade, por sua vez, deve permanecer vigilante e exigir ações contundentes de órgãos de saúde e de justiça para garantir que episódios de abuso sejam tratados com a seriedade que merecem, além de exigir a implementação de políticas que previnam esse tipo de crime dentro das instituições de saúde.

À medida que a investigação avança, a esperança é de que medidas efetivas sejam tomadas para que episódios de abuso como este nunca mais se repitam, e que todos os envolvidos na atenção à saúde aprendam que seu papel é proteger e cuidar, e não controlar ou agredir.

Enquanto isso, Joaquim Rodrigo Bandeira Portella está sob custódia e será levado ao Instituto Médico Legal antes de ser encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP)

O caso continua a ser acompanhando pelas autoridades e pela sociedade, que espera por justiça e, acima de tudo, proteção para as vítimas de violência.

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