O Movimento Brasil Livre (MBL), instigador principal da manifestação agendada para o próximo domingo (4), que visava contestar o Projeto de Lei das Fake News, o declínio da Operação Lava Jato e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu suspender a ação. Desta forma, o protesto, inicialmente planejado para ocorrer no Largo da Batata, em São Paulo, se encontra em vias de cancelamento.
Desapoio
A escassez de apoio por parte dos simpatizantes de Jair Bolsonaro motivou a decisão do MBL de desistir do ato. A despeito das discordâncias que se intensificaram durante a gestão Bolsonaro, o movimento almejava constituir uma extensa frente de direita em oposição a Lula.
Bolsonaro é contra a manifestação
O ex-presidente Bolsonaro mostrou-se contrário às manifestações. No evento em Brasília ele disse a apoiadores que o momento seria e focar na CPMI do 8 de Janeiro e que “(…)povo na rua. Eu peço, não façam isso”, disse.
Declarações de Deltan Dallagnol
O cancelamento da manifestação foi acelerada por pronunciamentos do ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), recentemente cassado. Em suas redes sociais, Dallagnol distanciou-se do movimento, embora sua cassação fosse um dos tópicos principais do evento.
Resposta do MBL
Em comunicado o MBL lamentou o ocorrido: “Infelizmente a manifestação tem sido sabotada por algumas alas do bolsonarismo, resultando em ataques contra nós. É paradoxal, dado que a pauta proposta coincide com os interesses declarados destes grupos, ou seja, fazer oposição ao PT, denunciar o autoritarismo dos tribunais superiores e a tentativa de censura”, disse o movimento.
Este revés evidencia as fissuras dentro da direita brasileira, expondo as adversidades inerentes à tentativa de formar uma frente unificada contra o governo Lula.