Brasil, 26 de dezembro de 2025
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Pará amplia prazo para rastreamento de bois com chip até 2030

O governo do Pará anunciou nesta quarta-feira (5) que prorrogou até 2030 o prazo para que os produtores do estado implementem o sistema de rastreamento do gado por meio de chips e brincos nas orelhas dos animais. A medida aumenta o período para adequação ao programa que visa assegurar uma carne livre de desmatamento na região.

Rastreamento bovino no Pará: objetivo e implementação

O sistema envolve a colocação de chips e brincos, com numeração semelhante ao CPF, nos animais destinados à cria, recria, engorda, leilões ou exportação. A iniciativa permite verificar a origem do gado e sua passagem por fazendas com possíveis irregularidades ambientais ou trabalho análogo à escravidão.

De acordo com o decreto assinado pelo governador Helder Barbalho (MDB) durante encontro organizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), o novo prazo busca atender às demandas do setor produtivo, que enfrentou dificuldades para cumprir o cronograma original até 31 de dezembro deste ano.

Contexto ambiental e de mercado

O programa surge em um momento em que o Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, sofre pressões internacionais para comprovar que sua produção, especialmente na Amazônia, não está relacionada a desmatamento ilegal. O Pará, que concentra o maior rebanho bovino do país, foi o primeiro estado a lançar oficialmente uma política de rastreamento do gado em setembro de 2024.

O primeiro animal a receber o “CPF” foi batizado de “Pioneiro” e ganhou o brinco na cidade de Xinguara, com a presença do próprio governador Helder Barbalho. Em 2022, o g1 acompanhou um projeto piloto de rastreamento com chips na fazenda do pecuarista Roberto Paulinelli, em Rio Maria, mostrando avanços na adoção do sistema.

A importância do rastreamento para o combate ao desmatamento

Segundo especialistas, a iniciativa é fundamental para assegurar a origem da carne bovina e combater o desmatamento ilegal na região. A extensão do prazo representa um esforço do governo para facilitar a transição do setor, alinhando-se às discussões globais realizadas na COP 30, em Belém, sobre ações de enfrentamento às mudanças climáticas.

Próximos passos e expectativas

Com a prorrogação, o Pará espera ampliar a adesão dos produtores ao programa de rastreamento, contribuindo para uma imagem mais sustentável do setor e promovendo a exportação de carne de origem controlada. O governo promete continuar apoiando os produtores na implementação das tecnologias e na adaptação às exigências ambientais.

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