Brasil, 18 de junho de 2025
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Bisbpos cubanos pedem esperança e união para enfrentar a crise na ilha

Em mensagem pelo Ano Jubilar da Esperança, bispos de Cuba clamam por mudanças e renovação diante das difíceis condições do país

Os bispos de Cuba publicaram, no âmbito do Ano Jubilar da Esperança, uma mensagem em que denunciam as graves condições de vida na ilha, que, segundo eles, “invadem a alma” dos habitantes, tornando o horizonte de esperança mais turvo e causando tristeza nos corações.

Desafios complexos e impacto na esperança dos cubanos

No documento assinado em 15 de junho, os bispos afirmam que “sem esperança e sem alegria, não há futuro para qualquer povo”. Ressaltam que “o Cristo ressuscitado é a fonte e o objetivo da verdadeira esperança”, mas também destacam que “é desejável, legítimo e digno de humanidade que todos possam viver e trabalhar em paz, realizar seus sonhos pessoais e familiares, e alcançar progresso de forma mais ampla”.

A Conferência Episcopal Cubana (COCC) relembra que, quando as pessoas têm essa oportunidade, “fica mais fácil motivar a busca e o esforço pelo bem comum”.

Os prelados lamentam que os mais vulneráveis, como “os pobres, idosos, sem-teto, famintos, os que lidam com dependências e pais sobrecarregados pelo futuro incerto de seus filhos”, sentem-se “sem esperança”. A rotina diária, marcada pela busca incessante por bens básicos, contribui para o aumento da emigração, fragmentando famílias cubanas e alimentando “desilusão e apatia” entre os que permanecem no país, que vivem sob promessas que, muitas vezes, nunca se concretizam.

Como revitalizar a esperança em Cuba?

Questionados sobre como “revitalizar a esperança de tantos cubanos”, os bispos afirmam que essa questão “não pode ser adiada”. Para eles, a resposta exige “a participação e responsabilidade de todos os filhos e filhas desta terra, sem exclusões ou respostas preconceituosas e ideológicas”.

O documento destaca que essa temática tem sido o foco principal das mensagens da Igreja há décadas, sempre com o propósito de servir ao bem comum da nação. Os bispos também reconhecem o empenho de muitos cubanos que, com “auto sacrifício e abnegação”, lutam por um futuro melhor, agradecendo a Deus e a esses cidadãos pelo testemunho diário.

“Por todo o país, aqueles que atendem e respeitam o sofrimento do próximo ouvem continuamente que algo precisa mudar, que não podemos continuar assim, e que é necessário agir para salvar Cuba e restaurar a esperança”, escrevem os religiosos.

Convite à ação e ao diálogo

Na mensagem, eles fazem um convite a todos, especialmente aos que têm responsabilidades na tomada de decisões, para que criem um clima livre de pressões internas e externas, no qual possam ser realizadas mudanças estruturais, sociais, econômicas e políticas necessárias ao país. Desde abril de 2024, a Igreja cubana tem incentivado seus fiéis a intensificar orações pelo presente e futuro de Cuba, sempre dialogando com respeito à dignidade humana e ao potencial do povo cubano.

“Com o amor que professamos por Deus e por Cuba, queremos oferecer uma palavra de encorajamento: não tenhamos medo de trilhar novos caminhos!” afirmam os bispos. Eles acrescentam que o Cristo ressuscitado e a Virgem Maria de Cobre, padroeira do país, os acompanham nesta missão, pedindo que inspirem as mentes e corações para que, deixando de lado a desconfiança e o medo, se abra uma esperança luminosa para o povo cubano.

Esta reportagem foi primeiro publicada pela ACI Prensa, parceiro de notícias em espanhol da CNA. Ela foi traduzida e adaptada pela CNA.

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