Brasil, 10 de junho de 2025
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EUA e China reiteram negociações em Londres para aliviar tensões comerciais

Delegações dos EUA e China continuam diálogo em Londres visando reduzir conflitos sobre terras raras e tecnologia

As negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China prosseguirão pelo segundo dia nesta terça-feira, após mais de seis horas de discussões em Londres, na Lancaster House. As conversas buscam aliviar tensões sobre o comércio de tecnologia e a exportação de elementos essenciais como as terras raras.

Negociações em Londres focam em terras raras e tecnologia

Representantes de ambos os países encerraram a primeira rodada de negociações na manhã desta segunda-feira, com o objetivo de restabelecer a confiança e consolidar os compromissos assumidos em encontros anteriores na Suíça e Genebra. A lista de temas em pauta inclui a liberação das exportações de terras raras pelo governo chinês e a eventual flexibilização das restrições dos EUA na venda de componentes de alta tecnologia, como chips para inteligência artificial.

Declarações e lideranças nas negociações

A delegação dos EUA foi liderada pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, acompanhado do Secretário de Comércio, Howard Lutnick, e do Representante de Comércio, Jamieson Greer. A presença de Lutnick, ex-CEO da Cantor Fitzgerald, reforça a relevância dos controles de exportação neste momento. Já a delegação chinesa foi liderada pelo vice-premiê He Lifeng, em um contexto de forte interesse de Pequim em manter o controle sobre o setor de terras raras.

Segundo fontes próximas às negociações, Washington sinalizou disposição para retirar restrições sobre exportações de tecnologia em troca de garantias de que a China aliviará os limites sobre o envio de terras raras, essenciais para setores de energia, defesa e eletrônicos, incluindo smartphones e componentes de reatores nucleares. A China responde por aproximadamente 70% da produção mundial de terras raras.

Perspectivas futuras e impactos econômicos

Especialistas avaliam como um passo importante o entendimento de que os EUA podem flexibilizar recentes restrições sobre softwares de design de chips e outros materiais estratégicos, embora o governo de Trump tenha deixado claro que os chips mais sofisticados, como os usados em IA, permanecem sob controle. Kevin Hassett, chefe do Conselho Econômico Nacional, afirmou à CNBC que “após o aperto de mãos em Londres, controles de exportação por parte dos EUA poderão ser ajustados”.

Ao mesmo tempo, ações chinesas negociadas em Hong Kong entraram em um mercado de alta, refletindo a esperança de que as tensões comerciais possam diminuir. Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 subiu, chegando a apenas 2% do pico de fevereiro, indicando otimismo dos investidores perante uma possível estabilização no comércio bilateral.

As negociações de hoje representam um esforço de ambos os lados para construir uma relação mais estável, após o aumento de tarifas e retaliações que impactaram negativamente suas economias, gerando incertezas para empresas globais. O futuro das relações comerciais entre EUA e China dependerá do sucesso dessas conversas em Londres e de outras possíveis ações de concessão mútua.

Para mais detalhes, acesse a fonte oficial.

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