As autoridades americanas e europeias estão enfrentando uma crise na cadeia de suprimentos devido à suspensão abrupta das exportações de ímãs de terras raras pela China, maior produtora mundial dessas matérias-primas críticas. A medida, parte de uma guerra comercial, afeta setores estratégicos, incluindo automotivo e de tecnologia.
Impacto na produção industrial e automotiva nos EUA
Países como os Estados Unidos estão ficando sem esses ímãs essenciais para motores elétricos usados em veículos, robôs industriais e componentes de defesa. Segundo especialistas, a interrupção pode levar à redução da produção nas fábricas do Meio-Oeste e Sul americanos, com efeitos que podem se prolongar por semanas.
Dependência da China e desafios na reativação da indústria
Os EUA praticamente não produzem terras raras, dependendo de fontes externas, principalmente da China, que domina 90% da produção mundial, conforme dados do setor. Recentemente, algumas pequenas fábricas americanas começaram a operar na Carolina do Sul e Texas, mas enfrentam dificuldades devido ao alto custo de produção e à complexidade do processamento dessas matérias-primas.
Retaliações e restrições chinesas na exportação
Após limitar as exportações com a assinatura de uma restrição temporária desde 2023, a China anunciou que futuras remessas exigiriam licenças especiais, dificultando ainda mais o abastecimento global. A China refina quase toda a oferta mundial das terras raras pesadas, essenciais para a fabricação de ímãs resistentes a altas temperaturas.
Repercussões globais e alternativas em desenvolvimento
Como consequência, fabricantes chineses de ímãs interromperam temporariamente suas produções, prejudicando toda a cadeia de fornecimento internacional. Exportadores europeus e americanos enfrentam dificuldades para obter licenças de exportação, agravando a crise, que pode levar à paralisia de setores inteiros.
Perspectivas futuras e esforços de autonomia
Nos últimos anos, países como Austrália e Brasil têm investido na extração e processamento de terras raras. A Austrália irá criar uma reserva estratégica, enquanto o Brasil prepara-se para iniciar a fabricação de ímãs de terras raras em Minas Gerais, componentes essenciais para a transição energética.
Especialistas alertam que a independência na cadeia de produção dessas matérias-primas pode ser fundamental para evitar novas restrições e garantir a autonomia tecnológica dos EUA e Europa. A corrida por alternativas e reconfigurações pode se intensificar nos próximos anos, diante da atual crise de suprimentos.
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