Brasil, 18 de maio de 2025
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Santa Casa de Franca reage à alta demanda e remaneja cirurgias

A Santa Casa de Franca adia 125 cirurgias devido ao aumento de casos de H1N1 e Influenza, garantindo segurança aos pacientes.

A Santa Casa de Franca, localizada no interior de São Paulo, anunciou que irá remanejar 125 cirurgias de média e alta complexidade previstas para serem realizadas entre os dias 15 e 31 de maio. A decisão foi motivada por um aumento significativo no número de atendimentos de urgência e emergência relacionados a síndromes respiratórias, como H1N1 e gripe. O comunicado foi feito na quinta-feira, dia 15, após uma reunião entre diretores do hospital e representantes do Ministério Público, da Prefeitura e do Departamento Regional de Saúde (DRS).

Prioridade na realocação de cirurgias

De acordo com a administração do hospital, as cirurgias serão reagendadas com base na prioridade e na capacidade de atendimento do hospital, além do fluxo de casos de urgência e emergência. A medida também abrange cirurgias eletivas realizadas por convênios médicos. O hospital deixará em aberto a possibilidade de remanejamentos adicionais nos meses seguintes, conforme a demanda e a situação dos atendimentos.

Thiago da Silva, diretor administrativo do Grupo Santa Casa, informou que uma nova reunião está prevista para o dia 30 de maio, onde serão avaliados os efeitos das ações adotadas e, se necessário, novas medidas serão discutidas. “Queremos garantir a segurança dos pacientes e a capacidade de resposta da instituição”, afirmou.

Aumento de atendimentos na emergência

O Grupo Santa Casa possui três unidades: o Hospital do Coração, o Hospital de Câncer e o Hospital Geral, o único centro de referência em alta complexidade pelo SUS na região, atendendo uma população de aproximadamente 700 mil pessoas. Em média, a instituição realiza cerca de mil cirurgias mensais e registra 1,5 mil atendimentos de urgência e emergência. Contudo, nos últimos meses, esse número subiu para 1.750 devido ao crescimento de casos graves de doenças respiratórias.

Segundo a administração do hospital, não houve desabastecimento de materiais ou medicamentos, nem falta de equipe médica. O que impactou as operações foi, de fato, o aumento súbito de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), afetando principalmente crianças e adultos. “O remanejamento das cirurgias é uma medida para garantir a segurança dos pacientes e manter a qualidade do atendimento”, enfatizou Silva.

Investimentos para atendimento de casos críticos

Como parte das ações para enfrentar essa crise, o Grupo Santa Casa investiu R$ 2,5 milhões para abrir dez novos leitos de terapia intensiva (UTI) para adultos no Hospital do Coração neste mês, com o intuito de aumentar a capacidade de atendimento a casos críticos. O custeio das atividades será responsabilidade do estado, o que, segundo o diretor administrativo, é um passo fundamental para garantir a sustentabilidade da ampliação e fortalecer a resposta à demanda crescente.

Além dessa expansão, a Secretaria de Estado da Saúde comprometeu-se a disponibilizar mais 11 leitos em outros hospitais da região, como parte das medidas para alívio na demanda em Franca. Essa distribuição inclui quatro leitos de clínica médica em São Joaquim da Barra e outros quatro leitos clínicos e três pediátricos na Santa Casa de Ituverava.

Situação da vacinação contra a gripe

A vacinação contra a gripe no estado de São Paulo teve início no final de março, com foco na imunização de quase 20 milhões de pessoas pertencentes a grupos prioritários, incluindo idosos acima de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e indivíduos com doenças crônicas. Até o início deste mês, no entanto, a cobertura vacinal atingiu apenas 16,1% do público-alvo, um número bem abaixo da meta estabelecida de 90%. Para tentar melhorar essa situação, o governo estadual organizou um dia “D” de vacinação.

Dados também mostram que em Ribeirão Preto, a cobertura vacinal estava em apenas 18% para o público-alvo. Assim, é essencial que a população se mobilize para participar da campanha de vacinação, a fim de proteger-se contra a gripe e ajudar a reduzir a pressão sobre os serviços de saúde.

As medidas tomadas pela Santa Casa de Franca refletem um esforço não apenas de gestão hospitalar, mas de compromisso com a saúde pública da região, respondendo prontamente às necessidades emergenciais da população. A situação está em constante monitoramento, e futuras ações podem ser definidas em conjunto com os órgãos competentes conforme se aproxima a nova reunião no final do mês.

Esse cenário destaca a importância da vacinação e dos cuidados com a saúde, especialmente em períodos de surto e alta demanda nos serviços de saúde.

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