Brasil, 18 de maio de 2025
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Gripe aviária: estado de emergência no Rio Grande do Sul

O governo do Rio Grande do Sul decreta estado de emergência após confirmação de gripe aviária H5N1 em granja de Montenegro.

No último dia 15, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro foco de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial localizada em Montenegro, no Vale do Caí, estado do Rio Grande do Sul. Esta notícia gerou preocupação nas autoridades de saúde, levando o governo estadual a declarar estado de emergência em saúde animal por um período de 60 dias.

O impacto do surto na avicultura

Com a confirmação do surto, diversos países e blocos econômicos, como China, União Europeia e Arábia Saudita, suspenderam a importação de aves do Brasil. Este é o primeiro registro de Influenza aviária de alta patogenicidade detectado na avicultura comercial brasileira, uma vez que os casos anteriores estavam restritos a aves silvestres.

A gripe H5N1 é um subtipo do vírus Influenza que pode ser particularmente grave para aves, havendo diferentes classificações de patogenicidade. Os vírus de alta patogenicidade (HPAI) são mais preocupantes, uma vez que causam altas taxas de mortalidade entre as aves infectadas.

O governo gaúcho já instalou sete barreiras sanitárias nos municípios vizinhos a Montenegro: Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão. Essas medidas visam conter a disseminação do vírus e proteger a avicultura local.

Medidas adotadas pelo governo

O decreto de emergência permite que o governo agilize a aquisição de equipamentos e insumos necessários para o combate à gripe aviária. Além disso, a área afetada em Montenegro foi isolada e um plano de eliminação das aves remanescentes foi colocado em prática para mitigar os riscos de contaminação.

“Estamos em um momento crítico e precisamos agir rapidamente para controlar essa situação. A saúde das aves e a segurança alimentar do estado estão em jogo”, afirmou um representante da Secretaria de Agricultura do estado durante coletiva de imprensa.

Investigação e monitoramento

Com a confirmação do foco, uma investigação inicial foi realizada em um raio de 10 km da área onde o surto foi detectado. O objetivo é identificar possíveis outros focos e realizar testes em aves locais, garantindo que a doença não se espalhe para novos centros de criação. O governo também reforçou a importância da fiscalização nas granjas e a orientação aos avicultores sobre medidas de biosseguridade.

Histórico de gripe aviária no Brasil e no mundo

Desde 2006, o vírus H5N1 circula em várias partes do mundo, especialmente na Ásia, África e Europa. O Brasil, até então, não havia registrado casos de alta patogenicidade na avicultura comercial, o que torna o cenário atual ainda mais alarmante. As autoridades de saúde afirmam que o acompanhamento contínuo da situação é essencial para evitar uma crise maior.

O surto atual em Montenegro mostra a vulnerabilidade do setor avícola e a necessidade de medidas preventivas rigorosas. Além da eliminação das aves contaminadas, é crucial que os avicultores continuem seguindo protocolos de biosegurança e fiquem atentos a quaisquer sinais de doenças em suas criações.

Projeções futuras e a importância da prevenção

Com o cenário em constante evolução, os especialistas alertam para a necessidade de investir em pesquisa e desenvolvimento de vacinas para aves, além de promover campanhas educativas para os avicultores sobre a importância da vigilância e das práticas de biosseguridade. A participação ativa da comunidade avícola será fundamental para superar este desafio e proteger a saúde pública e a economia local.

A gripe aviária não é apenas uma ameaça para as aves, mas também para a saúde pública e as economias que dependem da avicultura. A colaboração entre governo, produtores e população é essencial para enfrentar essa situação. O Rio Grande do Sul, agora, se encontra em uma luta para evitar que o foco atual se transforme em uma crise mais ampla, com repercussões que podem afetar todo o país.

À medida que as ações de contenção continuam, a vigilância epidemiológica e a educação dos avicultores permanecem como as melhores maneiras de prevenir futuros surtos e garantir a segurança alimentar da população brasileira.

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