No último sábado (17), o rio Jacaré Guaçu, localizado em Ibitinga, São Paulo, recebeu uma ação voluntária com a participação de aproximadamente 25 barqueiros que se uniram para a retirada de aguapés, uma planta aquática que tem dificultado a navegação na região. A atividade, que teve início por volta das 9h da manhã, foi organizada em parceria com a prefeitura local e visa desobstruir o rio até sua foz com o Rio Tietê.
A importância da ação voluntária
De acordo com Evandro Vinícius Amorim, guia de turismo fluvial e um dos organizadores da ação, a vegetação acumulada no leito do rio impressiona. “A maior moita tem quase 200 metros de extensão, mas o total de vegetação acumulada chega a aproximadamente quatro quilômetros”, explicou. A iniciativa surgiu da necessidade urgente de limpar o rio, que enfrentava dificuldades de navegação devido à alta concentração de aguapés que, por sua vez, afetam tanto o turismo quanto a pesca na região.
Desafios enfrentados pelo turismo
Recentemente, a situação do Rio Tietê se agravou. Em março de 2023, um extenso tapete verde formado por aguapés se estabeleceu sobre o rio, dificultando a passagem de mais de três mil turistas que realizam passeios de barco semanalmente. A famosa eclusagem, parte fundamental da experiência, também foi comprometida, já que os aguapés transformaram o que deveria ser água em um matagal flutuante, gerando consequências diretas na experiência dos visitantes.
Consequências para a navegação e segurança
Os desafios gerados pelo crescimento descontrolado dos aguapés não se limitam à estética ou ao turismo. Embarcações que tentam transpor as áreas afetadas correm riscos, como ficar à deriva, enquanto outras já enfrentaram quase naufrágios. A situação é crítica e demanda ações imediatas, como a realizada pelos barqueiros em Ibitinga.
Colaboração comunitária e institucional
A mobilização contou com o apoio logístico da prefeitura, que reconheceu a gravidade da situação. A colaboração entre cidadãos e autoridades é fundamental para garantir a manutenção da navegação e a segurança dos usuários das águas. Segundo Evandro, “estamos empurrando as moitas desde as 9 horas da manhã, levando elas até a boca do Rio Tietê”, o que demonstra o empenho e a determinação da comunidade local em reverter essa situação.
O futuro do rio e do turismo local
A limpeza do rio Jacaré Guaçu não é apenas uma ação pontual, mas um passo importante para a revitalização do ecossistema local e para a promoção do turismo responsável. As iniciativas de preservação e desobstrução dos rios são essenciais, considerando que esses corpos d’água são vitais tanto para a biodiversidade quanto para a economia da região, que depende do turismo e da pesca.
À medida que a ação de remoção de aguapés avança, espera-se que a navegação se torne mais segura e que os passeios de barco possam voltar a ser tão atrativos quanto antes. A união entre os barqueiros de Ibitinga pode servir de exemplo para outras localidades que enfrentam problemas semelhantes e reforça a importância da ação comunitária na preservação dos recursos naturais.
Por fim, a luta contra o crescimento descontrolado de vegetação aquática nos rios é uma questão que exige atenção contínua. A colaboração entre a sociedade civil, os órgãos governamentais e os turistas é imprescindível para garantir que as belezas naturais da região sejam preservadas para as futuras gerações.
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