Brasil, 17 de maio de 2025
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A situação no mosteiro dos santos gervásio e protásio

Monjas do Mosteiro de San Giacomo de Veglia se afastam por desacordo com fiscalização do Dicastério para a Vida Consagrada.

A recente decisão de algumas monjas do Mosteiro dos Santos Gervásio e Protásio de San Giacomo di Veglia, na Diocese de Vittorio Veneto, de se afastar da comunidade, gerou uma série de discussões e esclarecimentos por parte da Ordem Cisterciense. Segundo comunicado oficial divulgado, essa atitude reflete um descontentamento em relação ao papel de fiscalização e acompanhamento determinado pelo Dicastério para a Vida Consagrada em 2023, o que levou à necessidade de intervenção na gestão do mosteiro.

Contexto do afastamento das monjas

No comunicado emitido pela Ordem Cisterciense, são detalhadas as circunstâncias que cercam a situação no mosteiro. No ano de 2023, após a identificação de problemas na administração e nas relações internas da comunidade, foram realizadas duas visitas extraordinárias. Essas visitas foram conduzidas por uma Abadessa de outra ordem e pelo Abade Geral da Ordem Cisterciense, acompanhados por outros membros da comunidade. O procedimento se baseou na Instrução Cor Orans, que estabelece diretrizes sobre o dever de vigilância dos Mosteiros, aprovado pelo Papa Francisco.

Comissariado e suas implicações

A partir das visitas, o Dicastério decidiu que seria necessário um comissariado para o Mosteiro. Após ouvir as partes envolvidas e receber queixas sobre essa decisão, o Dicastério decidiu revogar o decreto inicial e convocar uma Visita Apostólica. Essa ação teve como objetivo conhecer melhor a real situação do mosteiro, garantindo espaço para escuta pessoal e comunitária.

Após a realização da Visita Apostólica, ficou evidente que ainda persistiam problemas significativos na gestão do mosteiro e nas relações comunitárias. Dessa forma, a decisão de implementar o comissariado foi reafirmada, sendo descrita não como uma medida punitiva, mas sim como uma oportunidade de enfrentar questões que necessitam de resolução fora da estrutura habitual do mosteiro.

O comissariado foi oficialmente instituído em um decreto datado de 7 de abril de 2025, nomeando uma monja com vasta experiência como comissária pontifícia. Essa comissária, auxiliada por duas conselheiras, assume a responsabilidade de governar o mosteiro, respeitando tanto o Direito próprio quanto o Direito Universal. Para esse exercício, a substituição da representante legal do mosteiro foi realizada, garantindo que a nova comissária pudesse contar com colaboradores escolhidos a partir de sua própria avaliação.

Repercussões e diálogo futuro

O comunicado também destaca que algumas monjas decidiram autonomamente se afastar do mosteiro em função de sua insatisfação com a supervisão do Dicastério. Contudo, as monjas que permaneceram no mosteiro manifestaram disposição para colaborar com a nova comissária, demonstrando um desejo de diálogo e cooperação com a Santa Sé.

A expectativa da Ordem Cisterciense é que a situação evolua de maneira favorável, em um ambiente de diálogo e comunicação construtiva. A comissária está aberta a estabelecer contato também com as monjas que decidiram se afastar, buscando uma possível reconciliação e o restabelecimento de um clima harmonioso dentro da comunidade.

O desenrolar dessa situação no Mosteiro dos Santos Gervásio e Protásio é um reflexo das complexidades que muitas comunidades religiosas enfrentam na busca por uma convivência pacífica e eficaz, alinhando-se às diretrizes da Igreja. O futuro do mosteiro agora depende do diálogo aberto e da disposição das partes para encontrar caminhos que promovam a unidade e a paz dentro da comunidade.

Para mais informações sobre o caso, veja o comunicado completo no site oficial da Ordem Cisterciense.

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