O confronto deste sábado entre Vasco e Fortaleza, às 18h30, pela nona rodada do Brasileirão, marca o retorno de Fernando Diniz ao comando do time cruzmaltino em São Januário, quatro anos após sua primeira passagem. Assim como em 2021, Diniz chega com um elenco desacreditado e uma sequência de resultados ruins. No entanto, o treinador conta com a adesão crescente da torcida, resultado do trabalho realizado no Fluminense, que culminou no título da Libertadores de 2023, além do incentivo de um estádio mais cheio, com o alívio das restrições de público que se seguiram à pandemia de Covid-19.
A esperança renovada pela torcida
Durante sua apresentação, realizada na quinta-feira passada, Diniz destacou a importância do apoio da torcida cruzmaltina. “Além de ser uma torcida diferente em muitos aspectos, ela ganha campeonatos. E a gente precisa fazer com que o time corresponda ao anseio dela, para criar uma simbiose, uma conexão. Uma das minhas funções aqui é tentar fazer com que isso aconteça”, disse o treinador, ressaltando a necessidade de alinhamento entre equipe e torcida.
Diniz, que já havia assumido o Vasco na 24ª rodada da Série B anteriormente, trata-se do terceiro técnico da equipe apenas neste ano. Em sua primeira passagem, ele comandou o time por 12 partidas, lidando com um elenco que lutava pelo acesso, mas sofria tanto em relação aos jogadores quanto à administração.
Desafios e aprendizado
A estreia de Diniz em São Januário não foi exatamente como esperado; em seu primeiro jogo, a equipe empatou com o Cruzeiro em 1 a 1. Porém, mesmo assim, foi possível notar um progresso na assimilação de sua metodologia nos jogos seguintes, onde o time conquistou três vitórias consecutivas. Contudo, o elenco apresentava limitações defensivas e não havia tempo suficiente para corrigir os desequilíbrios existentes. Eventualmente, a equipe enfrentou uma série de quatro derrotas consecutivas, o que culminou na demissão do técnico.
A torcida sempre foi considerada um fator diferencial nas campanhas do Vasco. No entanto, mesmo com o apoio dos fãs nos jogos em casa, isso não se traduziu em resultados positivos. O Vasco terminou em oitavo lugar na média de público, com uma média de apenas 3,8 mil espectadores em São Januário, bem abaixo da média histórica de mais de 20 mil torcedores. Essa diminuição se deveu às restrições de capacidade impostas durante a pandemia.
Busca pela recuperação
Atualmente, as coisas não estão fáceis para o Vasco. A equipe não consegue vencer há nove partidas, sendo cinco delas no Brasileirão, e está em busca de se afastar da zona de rebaixamento. O último triunfo do time foi contra o Sport, e a pressão para alcançar resultados positivos aumentou consideravelmente. A expectativa é que a torcida compareça em massa para apoiar a equipe diante do Fortaleza, criando um ambiente propício à vitória.
Para o jogo de hoje, o treinador Fernando Diniz enfrentará algumas dificuldades, pois não poderá contar com dois meias importantes, Dimitri Payet e Guilherme Estrella, ambos se recuperando de lesões no joelho. Além disso, os zagueiros Lucas Freitas, com problema no pé, e Maurício Lemos, com fratura na costela, também não estarão disponíveis. O ponta David, que enfrenta uma lesão no joelho esquerdo, é outra baixa que compromete a formação da equipe.
Com uma missão desafiadora pela frente, Diniz e seu elenco estão determinados a mudar o rumo da temporada e fazer valer a conexão com a torcida, em busca de uma reviravolta nas próximas partidas do campeonato.