Brasil, 17 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Governo propõe bloqueio de plataformas digitais em casos de violação

Proposta busca responsabilizar plataformas por conteúdos abusivos e omissões犯罪.

O governo brasileiro está elaborando um novo projeto de lei que visa responsabilizar as plataformas digitais por suas ações e omissões no combate a crimes na internet. Este projeto prevê a possibilidade de bloqueio de redes sociais e outros serviços online caso as empresas não cumpram as normas estabelecidas e continuem a ignorar notificações sobre conteúdo abusivo. A proposta é uma resposta à crescente preocupação com a disseminação de conteúdos ilícitos, como pedofilia, terrorismo, e violência contra a mulher, que afetam diretamente a segurança dos usuários.

Responsabilidade das plataformas digitais

Com o novo texto, o governo pretende coibir a circulação de conteúdos ilegais ao ampliar a responsabilidade das plataformas digitais sobre o que é publicado. Atualmente, as empresas só removem conteúdos criminosos quando há uma ordem judicial específica. No entanto, com a implementação da nova legislação, será instaurada uma autoridade reguladora que poderá notificar as plataformas sobre abusos e até mesmo determinar o bloqueio do serviço, caso as notificações sejam ignoradas repetidamente.

Conteúdos que serão alvo da regulação

O projeto foca em uma ampla gama de conteúdos que podem ser prejudiciais, incluindo, mas não se limitando a, práticas de venda de produtos nocivos a menores de idade, incitação ao suicídio e automutilação, e ataques ao Estado Democrático de Direito. Além disso, outras formas de violência, especialmente contra mulheres e grupos vulneráveis, também estão sob o escrutínio da nova legislação.

Ampla abrangência da proposta

As novas regras não se aplicarão apenas às redes sociais. Se aprovado pelo Congresso, o projeto se estenderá a serviços de mensagens, buscadores, e-commerces e marketplaces que facilitam a propagação de produtos e serviços ilegais. Dessa forma, a legislação busca criar um ambiente digital mais seguro e responsável, onde as empresas assumam um papel ativo na proteção de seus usuários.

Regulamentações para grandes plataformas

Além das diretrizes gerais, o texto destaca a necessidade de plataformas com mais de três milhões de usuários no Brasil a implementar medidas adicionais de proteção. Isso incluirá a oferta de serviços de atendimento ao consumidor (SAC), canais de denúncia e respostas imediatas para usuários que relatem abusos ou conteúdos prejudiciais.

Discussões em andamento e reações políticas

A discussão sobre a regulação de redes sociais ganhou destaque recentemente, especialmente após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitar uma intervenção do presidente chinês Xi Jinping sobre o TikTok. Lula destacou a necessidade de discutir questões digitais e como elas afetam os brasileiros. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando a constitucionalidade de um artigo do Marco Civil da Internet que isenta plataformas de responsabilidade por conteúdos postados por terceiros. Um pedido de vista interrompeu a votação, e o resultado ainda é incerto.

Principais desafios e resistências

Em 2023, outro projeto relacionado às redes sociais enfrentou considerável resistência e foi barrado devido a preocupações sobre liberdade de expressão. Embora o atual projeto pretenda abordar a segurança dos usuários e proteger menores, espera-se que haja debate acalorado entre parlamentares, especialmente aqueles mais contrários a restrições, especialmente da direita.

Próximos passos e expectativas

A expectativa é que, se o novo texto for aprovado internamente no governo, a defesa do projeto no Congresso enfatize a necessidade de proteger diariamente os usuários da internet. As discussões continuam no âmbito do governo, com vários ministérios colaborando para planejar a melhor forma de apresentar a proposta ao Legislativo. Um novo encontro está agendado para a próxima semana, onde os membros do grupo discutirão o envio do texto ao Congresso, que pode ocorrer entre o final de maio e o início de junho.

Os integrantes acreditam que o projeto, se bem elaborado e aprovado, pode oferecer uma resposta efetiva perante os desafios atuais da internet no Brasil, promovendo um ambiente mais seguro e responsabilidade social na esfera digital.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes