Brasil, 17 de maio de 2025
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Casos de ataques de animais: marido decide pela eutanásia de cachorro

Após ataque em Ji-Paraná, marido autoriza eutanásia do cachorro para proteger a família, gerando polêmica e discussão sobre segurança.

No começo de abril deste ano, um incidente grave envolvendo um cachorro da raça chow-chow em Ji-Paraná (RO) trouxe à tona questões sobre segurança em relação a animais de estimação. Após um ataque à técnica de enfermagem Natani Santos, seu esposo, Tiago, tomou a controversa decisão de autorizar a eutanásia do animal, o que levantou debates sobre a responsabilidade dos tutores e as medidas a serem tomadas diante de comportamentos agressivos.

O ataque e suas consequências

A situação ocorreu no dia 5 de abril, quando Natani retornou para casa e foi mordida pelo cão, Jacke, após acariciá-lo. Segundo relatos, o animal rosnou e atacou de forma inesperada, causando ferimentos sérios à mulher. “Era como se ele tivesse entendido que fez algo errado”, afirmou Natani, que posteriormente precisou de atendimento médico e agora se prepara para uma cirurgia de reconstrução facial em Santa Catarina.

A mordida representou não apenas um ferimento físico, mas também um impacto emocional significativo para Natani, que citou a dificuldade de lidar com a perda do animal. “Eu consigo lidar com o ferimento, mas não ter mais meu animal e não ter estrutura psicológica para tê-lo perto de mim está mexendo muito comigo”, disse a técnica de enfermagem.

Decisão abrangente do esposo

Tiago, esposo de Natani, confirmou que tomou a decisão de autorizar a eutanásia sem comunicar a esposa inicialmente. Para ele, a prioridade era proteger sua família. “Se o ataque tivesse sido contra nosso filho de oito anos, como seria o julgamento?”, questionou Tiago em vídeo publicado nas redes sociais. Ele reforçou que a decisão foi com base na avaliação de especialistas e na possibilidade de o animal representar um risco à segurança da família no futuro.

Jacke havia sido adotado pela família há cinco anos e, segundo Tiago, o animal sempre foi bem tratado. A repercussão do caso cresceu com os vídeos que Natani começou a publicar, compartilhando seu tratamento médico e pedindo ajuda financeira para custear a cirurgia.

Impacto nas redes sociais e alerta para tutores de pets

A situação desencadeou um forte debate nas redes sociais sobre a segurança de tutores e a maneira como animais de estimação devem ser geridos. Natani, por sua vez, fez um apelo para que os tutores não se desfizessem de seus animais, aconselhando que procurassem um adestrador qualificado. “Foi um evento trágico, mas existem maneiras de prevenir comportamentos agressivos em pets”, destacou.

Logo após o ataque, Tiago levou Jacke à Secretaria Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal, onde veterinários avaliaram o cão. De acordo com Tiago, o resultado da avaliação apontou que o animal não poderia mais conviver com pessoas. “Me chamaram numa sala e disseram que o cachorro não tinha mais condições de voltar a conviver”, disse Tiago.

Infelizmente, quando Tiago soube que uma ONG estava disposta a acolher Jacke, foi informado que a eutanásia já havia sido realizada. Além disso, levantou-se a suspeita de que o cão pudesse estar com raiva, o que fez com que a situação se tornasse ainda mais preocupante. Após o ataque, Jacke foi encaminhado ao Centro de Zoonoses, onde ficou em observação.

A questão da responsabilidade e prevenção

Esse caso levanta questões sérias sobre a responsabilidade dos tutores em relação ao comportamento de seus animais. Com o aumento dos casos de ataques de alguns cães a humanos, especialmente crianças, a necessidade de medidas preventivas ganha cada vez mais destaque. Os especialistas ressaltam a importância da socialização e do treinamento adequado, bem como a necessidade de uma avaliação criteriosa ao adotar um animal de estimação.

Para os tutores, a mensagem é clara: compreender a responsabilidade que vem com a posse de um animal e buscar ajuda profissional quando necessário pode evitar tragédias como a ocorrida com Natani. Além disso, é essencial promover um ambiente seguro e compreensivo, tanto para os pets quanto para os membros da família.

A reportagem tentou contato com a Secretaria do Bem-Estar Animal de Ji-Paraná para mais esclarecimentos sobre o caso e as diretrizes de acolhimento de animais em situações semelhantes, mas não obteve retorno. O espaço continua aberto para esclarecimentos.

O incidente em Ji-Paraná é um lembrete de que, ao lidar com animais, a prevenção e a educação são fundamentais para garantir a segurança de todos envolvidos.

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