Brasil, 17 de maio de 2025
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Universidades federais pedem suplementação orçamentária para 2025

Entidades expressam preocupação com cortes financeiros e suas consequências nas atividades das instituições de ensino superior.

As universidades federais do Brasil estão enfrentando sérios desafios financeiros, agravados por um recente decreto do presidente Lula que limitou ainda mais os recursos orçamentários destinados a essas instituições. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que reúne todas as 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica, manifestou sua “profunda preocupação” com a insuficiência dos valores alocados no Orçamento de 2025.

O impacto do orçamento insuficiente nas universidades

Segundo a Andifes, o orçamento proposto pelo governo já era considerado insuficiente antes da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) pelo Congresso Nacional. A situação se agravou significativamente com a publicação do Decreto nº 12.448, de 30 de abril, que estabelece um novo cronograma de execução orçamentária para o exercício de 2025.

O decreto limita a execução das despesas discricionárias mensais das universidades, o que, segundo a associação, compromete os principais compromissos financeiros das instituições. Despesas como assistência estudantil, bolsas acadêmicas, contratos de terceirização e contas de serviços essenciais, como água e energia, necessitam de pagamentos regulares ao longo do ano. A impossibilidade de liberar parte do orçamento apenas em dezembro poderá inviabilizar a continuidade das atividades das universidades federais.

Cortes orçamentários e a continuidade das atividades acadêmicas

A Andifes destaca que a restrição orçamentária não apenas afeta o funcionamento interno das universidades, como também coloca em risco o cumprimento dos compromissos com os estudantes e colaboradores. Em um cenário já marcado por dificuldades financeiras acumuladas nos últimos anos, a limitação imposta pelo governo federal pode ter consequências severas sobre a qualidade da educação superior no Brasil.

A associação afirma que, embora reconheça o esforço do Ministério da Educação (MEC), sob a liderança do ministro Camilo Santana, em manter um canal de diálogo aberto e sensível às demandas das instituições, a situação exige ações mais contundentes. “As universidades federais enfrentam, há anos, sérias dificuldades orçamentárias, e os cortes acumulados continuam produzindo efeitos significativos”, adverte a Andifes.

A necessidade de uma ação urgente

Diante do cenário alarmante, a Andifes defende a liberação urgente do orçamento para garantir que as instituições possam honrar com seus compromissos financeiros. A associação solicita um suporte adicional de recursos orçamentários para assegurar o funcionamento adequado das universidades federais e a continuidade das atividades acadêmicas e administrativas.

A reunião de preocupações e apelos das universidades federais representa um reflexo das dificuldades enfrentadas por diversas instituições em todo o Brasil. Com um compromisso firmemente voltado para a educação de qualidade, as universidades federais precisam agora, mais do que nunca, de um suporte robusto para garantir que possam continuar a formar as próximas gerações de profissionais, além de promover a pesquisa e a inovação necessárias ao desenvolvimento do país.

Com o impacto significativo que as decisões orçamentárias têm sobre a educação superior, torna-se imperativo que o governo priorize a construção de um futuro acadêmico sólido, que respalde as instituições e, por consequência, a formação educacional de milhões de estudantes. A luta por financiamento adequado para as universidades federais é um passo crucial na busca por um Brasil mais educado e igualitário.

Assim, a Andifes e as universidades federais seguem na expectativa de um diálogo efetivo e de soluções concretas que permitam a recuperação orçamentária e a continuidade das atividades essenciais à educação superior no país.

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