Brasil, 16 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Dois homens são condenados por assassinato de presidente do PRTB em Tremembé

Júri popular resultou em penas de até 8 anos para os condenados, após a morte de Benedito Cid Ferreira, conhecido como Cidão.

No início de dezembro de 2023, o cenário político de Tremembé, interior de São Paulo, foi abalado pela tragédia do assassinato de Benedito Cid Ferreira, popularmente conhecido como Cidão da Casa de Ração. O crime, que chocou a comunidade, resultou na condenação de dois homens a até oito anos de prisão após um júri popular ocorrido nos dias 15 e 16 de maio de 2025.

O crime e a investigação

Cidão, presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) na cidade, era um pré-candidato a prefeito nas eleições de 2024. Sua morte foi brutal; ele foi alvejado com um tiro na cabeça dentro de sua residência, colocando um alvo no centro de um debate acirrado sobre segurança pública e violência política no Brasil.

O crime aconteceu na noite do dia 11 de dezembro de 2023, quando Cidão retornava do trabalho e foi interceptado em sua casa no bairro Kanegae. Vizinhos ouviram gritos e o impacto de um disparo, levando a polícia a ser chamada. Ao chegar, os policiais encontraram a vítima caída e, mesmo com a rápida chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele foi declarado morto no local.

Julgar os envolvidos

Após uma investigação que incluiu a coleta de depoimentos de testemunhas e a análise de provas, três suspeitos foram levados a júri popular. O julgamento, que se estendeu pela madrugada, resultou em duas condenações e uma absolvição. Leonardo Ferreira de Barros foi sentenciado a 7 anos de prisão, enquanto Eric Bruno de Souza Escritoro recebeu uma pena de 8 anos e dois meses. O terceiro réu, Patrick Richard de Souza Escritoro, foi absolvido das acusações.

Penas discutidas e reações

No decorrer do júri, houve uma forte controvérsia sobre a qualificação do crime. A promotoria tentou classificar o ato como homicídio qualificado, que acarretaria penas mais severas, porém os jurados decidiram por homicídio simples. Vanessa Rachid, assistente de acusação, expressou descontentamento com o resultado, enfatizando que a decisão do júri não reconheceu a gravidade da ação dos réus, que atacaram a vítima em seu lar, um momento que deveria ser de segurança.

Ela também mencionou a intenção de recorrer e destacou a necessidade de investigar quem estaria por trás do mandado do crime, uma preocupação que retumba em diversos casos de violência política no Brasil.

A defesa dos réus, por outro lado, alegou que seus clientes não estavam presentes no crime e pediu a absolvição, ressaltando a falta de evidências concretas que ligassem diretamente os acusados à execução do crime.

O impacto na comunidade e no cenário político

A morte de Cidão não apenas chocou a população de Tremembé, mas também levantou questões sobre a segurança dos políticos e a crescente tensão no ambiente eleitoral brasileiro. A comunidade local se mobilizou para exigir justiça e esclarecer os reais motivos por trás do assassinato, uma preocupação reforçada pela assistente de acusação.

O caso lança luz sobre a necessidade de uma investigação mais aprofundada, já que muitos crimes políticos permanecem sem resposta no Brasil. O representante da defesa de Leonardo Ferreira de Barros mencionou que o reconhecimento da tese defensiva pelos jurados é um sinal de uma vitória parcial, mas deixou claro que ainda considerarão a possibilidade de recorrer da decisão.

Um chamado à ação

Com o desfecho do júri, a expectativa agora é que as autoridades não apenas coloquem em prática as penas, mas também que avancem nas investigações para encontrar o responsável pela ordem do crime. Enquanto isso, Tremembé e outras comunidades brasileiras continuam a lutar contra a violência e a instabilidade no cenário político, clamando por um ambiente eleitoral mais seguro e justo.

A repercussão da condenação e a busca pelo verdadeiro mandante da violência apontam para a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre a proteção de líderes políticos e a integridade do processo democrático no país.

O que está em jogo agora é não apenas a punição dos culpados, mas também a segurança e a liberdade de expressão no Brasil, pontos fundamentais em qualquer democracia.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes