No último dia 15 de maio, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, usou suas redes sociais para criticar a perseguição a imigrantes nos Estados Unidos, a qual chamou de “vergonhosa e injusta”. O líder religioso chamou a atenção para as políticas adotadas pelo governo de Donald Trump, afirmando que a situação dos imigrantes se agravou em seu mandato.
Aumento da perseguição aos imigrantes
Malafaia destacou que a efervescência contra os imigrantes não é um fenômeno novo, já que se arrasta desde as administrações de Barack Obama e Joe Biden. Contudo, segundo ele, as políticas anti-imigração foram intensificadas durante o governo Trump, resultando em um cerco mais rígido e injustificado a essa população.
“Eu concordo, põe pra fora imigrantes com ficha policial, que estão dando problema, que estão na cadeia, põe pra fora. Protejam as vossas florestas. Mas não é isso, nós não estamos falando disso. Nós estamos tratando de imigrantes trabalhadores que estão sendo perseguidos implacavelmente e de maneira injusta”, declarou Malafaia em um vídeo que acompanhou suas críticas.
Crítica à omissão da igreja americana
Além de criticar as políticas do governo dos EUA, o pastor também dirigiu suas preocupações à omissão de líderes religiosos americanos que, segundo ele, não estão fazendo o suficiente para combater a injustiça contra os imigrantes. “Não é possível a igreja americana e os pastores americanos se omitirem. Deus vai cobrar da nação americana e dos pastores essa vergonha”, frisou.
A mensagem de Malafaia ressoou em um contexto mais amplo de debates sobre imigração nos Estados Unidos, um tema que tem estado em alta especialmente nas últimas décadas. Em seu discurso, ele também fez referência a um vídeo onde um homem é abordado e preso por não ter a documentação adequada, enfatizando as crueldades que muitos imigrantes enfrentam diariamente.
A posição cristã sobre a imigração
Com uma forte base religiosa, Malafaia não deixou de fortalecer sua argumentação com versículos bíblicos. Ele citou Mateus 5:20, onde Jesus fala sobre a justiça, enfatizando que “se a vossa Justiça não exceder a de escribas e de fariseus, vocês não são dignos de entrar no Reino dos céus”, como um claro apelo à compaixão e à justiça social.
A atitude de Malafaia levanta questionamentos sobre a função da igreja em questões sociais e políticas, especialmente quando se trata de defender os direitos dos imigrantes. A posição do pastor é clara: enquanto a lei deve punir criminosos, a busca por um futuro melhor e a defesa dos direitos humanos dos trabalhadores não devem ser esquecidas.
Desafios e esperançosas vozes
As palavras de Silas Malafaia reforçam um debate necessário sobre a ética na política de imigração dos Estados Unidos e o papel fundamental que a sociedade civil, incluindo a comunidade religiosa, deve desempenhar na luta por um sistema mais justo. Ele exemplifica como líderes religiosos podem e devem utilizar suas plataformas para promover mudanças e solidariedade, especialmente em tempos de crise.
Ao final de sua mensagem, Silas Malafaia sugere que a verdadeira fé se manifesta através da ação, e que os cristãos devem se posicionar em defesa dos que não têm voz. Seu chamado não é apenas para os pastores americanos, mas para todos que sustentam valores de compaixão e justiça em uma sociedade que frequentemente esquece dos mais vulneráveis.
Com estas declarações, o pastor não só ilumina a situação atual dos imigrantes nos EUA, mas também provoca uma reflexão mais profunda sobre a moral e a ética envolvidas nas decisões políticas e nas atitudes sociais diante da imigração.
