Brasil, 15 de maio de 2025
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PM que matou pintor em pagode se entrega à polícia após foragido

O cabo Vinicius Rodrigues Pacheco, do 41º BPM, foi preso após se entregar, acusado de matar um pintor durante uma festa em Nova Iguaçu.

Na manhã desta quinta-feira (15), o cabo Vinicius Rodrigues Pacheco, conhecido como Lico, se apresentou à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) após estar foragido desde terça-feira (13). Ele é suspeito de ter assassinado o pintor Jorge Mauro Ruas de Paiva, de 51 anos, durante um pagode em Nova Iguaçu, no último sábado (10). O caso gerou repercussão e revolta na sociedade, especialmente considerando que o crime foi registrado por câmeras de segurança.

O crime e as circunstâncias

O crime ocorreu em um bar na região de Nova Iguaçu e, segundo as investigações da DHBF, Lico atirou à queima-roupa em Jorge, em meio a uma multidão. As imagens capturadas pelas câmeras de segurança mostram o PM aparentemente tranquilo, segurando uma lata de bebida em uma mão e uma pistola na outra. Sem que ninguém perceba, ele extende o braço e começa a disparar. A investigação aponta que Lico tinha uma desavença anterior com a vítima, registrada há dois meses, mas o motivo do ataque ainda é apurado.

Reações da família da vítima

Os familiares de Jorge Ruas de Paiva contestam a versão de que ele teria se envolvido em uma briga com o policial. De acordo com a sobrinha da vítima, Monique Monteiro, Jorge estava no bar apenas para celebrar uma ocasião especial, após um dia de trabalho, e foi surpreendido por um ataque que lhe tirou a vida sem qualquer oportunidade de defesa.

“O meu tio estava nesse bar celebrando uma inauguração, depois de um dia cheio de trabalho e foi brutalmente assassinado sem defesa. Não houve luta, não houve nada. Só esse assassino, andando no meio da multidão, segurando uma arma e disparando contra ele”, declarou Monique, demonstrando a dor e a indignação da família diante da brutalidade do crime.

Desdobramentos e investigações

O caso ganhou atenção em razão da natureza do crime e da profissão do autor, um policial militar, o que levantou questionamentos sobre condutas violentas e a segurança pública no estado do Rio de Janeiro. A DHBF instaurou uma investigação detalhada para esclarecer todas as circunstâncias e motivação por trás do crime, além de buscar testemunhas e coletar mais evidências.

A apresentação do PM na delegacia foi resultado de um mandado de prisão expedido pela Justiça, após um pedido da DHBF que justificava a necessidade de prisão preventiva do militar. A defesa do cabo Pacheco será acompanhada pela própria polícia e o processo deve seguir trâmites legais, onde o acusado terá a oportunidade de se defender das acusações feitas contra ele.

A repercussão nas redes sociais

Nas redes sociais, o caso rapidamente se tornou um dos tópicos mais comentados, com usuários expressando sua indignação e clamando por justiça. A sociedade civil organizou manifestações e discussões sobre o uso de força por parte das autoridades e a necessidade de responsabilidade e accountability entre os membros das forças de segurança.

Considerações finais

A violência no Brasil é um tema recorrente e a morte de Jorge Mauro Ruas de Paiva traz à tona questões sobre segurança pública e os perigos presentes em momentos de lazer. Os desdobramentos do caso de Lico, o policial que se apresentou após ter permanecido foragido, demonstram a complexidade das relações entre poder, violência e sociedade. A expectativa é que o caso avance nas instâncias judiciárias e que a busca por justiça prevaleça, resguardando os direitos e a memória da vítima.

Enquanto isso, a família de Jorge clama por justiça e encerra os dias de luto com a esperança de que o legado de seu ente querido não seja esquecido, e que a verdade sobre o caso prevaleça.

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