Brasil, 10 de setembro de 2025
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Supremo Tribunal Federal condena deputada Carla Zambelli a dez anos de prisão

A condenação da deputada Carla Zambelli por invasão ao sistema do CNJ gera reações nas redes sociais e destaca divisões políticas.

A condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão, determinada nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tornou-se um assunto central nas redes sociais, dividindo opiniões entre diferentes grupos políticos. Acusada de ordenar a invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli não só enfrentou uma punição severa, mas também ficou inelegível pelos próximos oito anos devido às limitações da Lei da Ficha Limpa. Essa decisão marca um importante capítulo na política brasileira, especialmente em um momento de intensa polarização.

A condenação e suas implicações

A decisão da Primeira Turma do STF foi unânime, não apenas condenando Zambelli, mas também o hacker Walter Delgatti, que desempenhou um papel central na invasão ao sistema do CNJ. A deputada e Delgatti deverão pagar juntos uma multa de R$ 2 milhões, além de lidarem com as consequências de suas ações no âmbito da política nacional.

A reação nas redes sociais foi imediata. Parlamentares da base governista comemoraram a condenação. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) expressou sua satisfação em um post, enfatizando que “você é condenada, Carla”. Ela evidenciou que a decisão do STF não só limita o futuro político de Zambelli, mas também serve como um sinal para outros políticos sobre as consequências de ações ilegais.

Reações da direita bolsonarista

Por outro lado, a condenação trouxe reações mistas entre os aliados de Zambelli. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi um dos poucos a se pronunciar em apoio à deputada. Ele qualificou a decisão como parte de “escandalosos atos de perseguição política” e afirmou que a situação é preocupante para a democracia brasileira. “Não importa se você gosta ou não da Zambelli, você não pode achar isso normal”, disse Eduardo, destacando a necessidade de proteger a oposição no país.

Além de Eduardo, Bia Kicis (PL-DF) também se manifestou, oferecendo solidariedade a Zambelli e caracterizando a condenação como uma forma de “perseguição política”. Kicis mencionou que “os tempos são sombrios”, refletindo a tensão política atual. Este apoio, no entanto, não foi unânime, pois outros representantes da direita parecem não ter se pronunciado sobre o caso.

A resposta dos partidos de oposição

Os partidos de oposição, por sua vez, aproveitaram a oportunidade para criticar a condução da política brasileira, afirmando que a condenação representa um avanço na luta contra a corrupção e a manutenção da justiça no sistema. Sâmia Bomfim (PSOL-SP) declarou que continuará lutando para que todos os crimes cometidos por Zambelli sejam julgados. Da mesma forma, Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que Zambelli “dormiria mais perto da cadeia” nesta noite, demonstrando alívio e satisfação com a decisão do STF.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) também se manifestou, advertindo sobre a importância da Câmara dos Deputados respeitar o julgamento do STF e não tentar interferir na decisão, referindo-se a matérias que podem envolver outros políticos acusados de ações similares.

Reflexão sobre a situação política

A condenação de Carla Zambelli traz à tona questões importantes sobre a ética na política e a responsabilidade dos representantes eleitos. Em um cenário cada vez mais dividido, onde a desconfiança nas instituições é palpável, a decisão do STF pode ser vista como um sinal de que a justiça prevalecerá, independentemente de ideologias. Contudo, a polarização intensa entre os grupos políticos no Brasil faz com que as reações à condenação sejam imprevisíveis e, muitas vezes, acirradas.

O impacto dessa condenação pode ser significativo, não apenas para Zambelli, mas também para o futuro da política no Brasil. Com as eleições de 2026 se aproximando, como essa decisão moldará a narrativa política e o comportamento dos eleitores? As respostas para essas perguntas poderão ser fundamentais para o desenrolar dos próximos capítulos da cena política brasileira.

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