Brasil, 15 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Esperança de paz nas negociações entre Rússia e Ucrânia em Istambul

O cardeal Pietro Parolin destaca a esperança de paz nas negociações entre Rússia e Ucrânia que começam amanhã na Turquia.

Em um momento crucial para a diplomacia internacional, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, manifestou sua esperança em relação às negociações diretas entre Rússia e Ucrânia, que começam nesta quinta-feira, na Turquia. Durante um evento na Pontifícia Universidade Gregoriana, ele comentou sobre a importância desse encontro em meio ao conflito que assola a Ucrânia. Parolin destacou que “esperamos que seja um ponto de partida sério para pôr fim à guerra”, reforçando o papel do Vaticano como mediador em busca da paz.

A importância das negociações em Istambul

A cúpula em Istambul, considerada como uma oportunidade histórica, reunirá representantes da Rússia e da Ucrânia para discutir um possível cessar-fogo. Durante um evento intitulado “Toward a Theology of Hope for and from Ukraine” (Para uma teologia da esperança para e da Ucrânia), o cardeal Parolin expressou otimismo em relação a essas conversações. Ele afirmou: “Sempre esperamos que haja vislumbres de paz”. As expectativas são altas, com a esperança de que as tensões sejam desfeitas e um caminho real para a paz seja traçado.

Apesar do otimismo, Parolin alertou que “é prematuro” especular sobre os resultados das negociações, mas enfatizou a importância de que este encontro em Istambul sirva como um verdadeiro ponto de partida. “Estamos felizes que exista a possibilidade de um encontro direto”, acrescentou, ressaltando que a mediação dos Estados Unidos pode ajudar a garantir um diálogo produtivo.

Visita do Papa Leão XIV à Ucrânia

O cardeal Parolin também comentou sobre a possibilidade de uma visita do Papa Leão XIV à Ucrânia, destacando que, por enquanto, isso ainda é “prematuro” de se discutir. O Papa já expressou sua solidariedade com o povo ucraniano em várias ocasiões, fazendo apelos em prol da paz e oferecendo seus bons ofícios para facilitar o diálogo. Parolin reiterou que a Santa Sé está disposta a colaborar, mas não quer interferir em iniciativas já em andamento.

Mecanismo de repatriação de crianças ucranianas

Uma das preocupações da Santa Sé é a repatriação de menores ucranianos que foram levados à força para a Rússia. Parolin confirmou que o mecanismo de repatriação está “ativo” e que esforços estão sendo feitos para reintegrar essas crianças às suas famílias. Ele observou que a Santa Sé está em contato constante com as nunciaturas para facilitar essa ação, garantindo que as crianças voltem gradualmente para suas casas.

Apelos pela paz no Oriente Médio

Além das negociações entre Rússia e Ucrânia, Parolin abordou a situação no Oriente Médio, reiterando a posição do Papa e da Santa Sé em relação ao conflito em Gaza. Ele fez um forte apelo para “pôr fim ao conflito em Gaza, obter a libertação dos reféns e garantir a assistência humanitária” à região. A crescente preocupação com a emigração de cristãos e a situação precária no Oriente Médio foram temas centrais nas discussões do Conclave.

O perfil do Papa Leão XIV

O cardeal Parolin se mostrou otimista em relação ao novo Papa Leão XIV, descrevendo-o como “um homem de paz que quer a paz”. Ele mencionou que o novo Pontífice busca construir pontes e promover a paz desde suas primeiras manifestações como líder da Igreja Católica. O cardeal ressaltou a importância das iniciativas de diálogo e diplomacia que o Papa poderá implementar durante seu pontificado.

A expectativa pela viagem a Nicéia

Por último, Parolin foi questionado sobre a possibilidade da primeira viagem do Papa Leão XIV, e ele indicou Nicéia como um lugar provável. Essa cidade é de grande relevância para a Igreja Católica, especialmente com a celebração do 1700º aniversário do Concílio de Nicéia. “É um momento importante para o ecumenismo”, afirmou Parolin, destacando que essa viagem simbolizaria um passo significativo nas relações inter-religiosas.

Com o mundo atento às negociações que começam em Istambul, as esperanças estão altas de que um desfecho pacífico para o conflito na Ucrânia possa ser alcançado, uma causa que também é fortemente apoiada pelo Vaticano.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes