Brasil, 15 de maio de 2025
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Invasão à fazenda de Eunício Oliveira: criminosos usam viaturas da PF

Criminosos uniformizados de Polícia Federal invadem fazenda de Eunício Oliveira, despertando investigações para identificar os suspeitos.

Na madrugada de um dia recente, a tensão tomou conta da fazenda Santa Mônica, pertencente ao deputado federal Eunício Oliveira (MDB-CE), após três criminosos invadirem o local utilizando viaturas blindadas, caracterizadas como se fossem da Polícia Federal (PF). A propriedade, situada entre os municípios de Corumbá de Goiás e Alexânia, foi alvo de uma ação que levantou questionamentos sobre a segurança e a justiça no país.

Detalhes da invasão e investigação em curso

A invasão foi registrada em um inquérito conduzido pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), que já mapeou a participação de pelo menos dez indivíduos. Contudo, as investigações estão longe de terminar, pois ainda se especula a existência de um núcleo criminoso por trás dessa ação inesperada.

Espantosamente, os invasores não se mostraram interessados em roubar bens materiais da propriedade. Embora tenham acessado um cofre pertencente a Eunício, nada foi levado. Segundo relatos, o modo de operação do grupo é considerado incomum e, por isso, está sendo tratado com cautela pelas autoridades.

Os criminosos chegaram a render os seguranças responsáveis pela vigilância da fazenda e um funcionário que atua como caseiro, permitindo a entrada discreta e a execução do plano. Durante o momento da invasão, Eunício se encontrava em Brasília, sendo informado da situação por meio das câmeras de segurança da propriedade.

Reação do deputado e implicações futuras

Medo e insegurança

Após o susto, o deputado compartilhou que teme retornar à sua fazenda, um local onde costuma se hospedar durante visitas. A ação audaciosa dos criminosos deixou em evidência a fragilidade da segurança na propriedade, que se torna um símbolo de vulnerabilidade em um era de complexidade no combate ao crime organizado.

Implicações legais e criminosas

A PCGO continua investigando o caso com a pressão do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que já solicitou uma apuração ágil e criteriosa. Apesar de as investigações estarem em andamento, a identificação dos perpetradores se mostra desafiadora. Todos os envolvidos estavam encapuzados e armados, utilizando coletes e distintivos da PF, o que complica ainda mais os trabalhos da polícia.

A hipótese de que uma organização criminosa, possivelmente oriunda do Ceará, esteja envolvida na invasão não pode ser descartada. Isso traz à tona a questão da interconexão entre facções e suas operações em diferentes estados, incremento uma preocupação maior em relação à segurança pública.

Histórico da fazenda Santa Mônica

A fazenda Santa Mônica, além de ser o lar do deputado, carrega um histórico de imbróglios judiciais. Recentemente, a propriedade já foi ocupada por famílias de trabalhadores rurais. Em setembro de 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverteu uma decisão prévia da Justiça de Goiás, restituindo a posse da área a Eunício, que tenta garantir os direitos sobre a terra desde 2009.

A disputa por essa e a outra propriedade, a fazenda Cotia, tem sido intensa, tendo gerado a ocupação dessas terras por cerca de 3 mil famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), evidenciando a complexidade das questões agrárias no Brasil.

Conclusão

A invasão à fazenda de Eunício Oliveira não é apenas um ato criminoso isolado; é um sintoma de um problema mais amplo relacionado à insegurança e à dinâmica do crime organizado no Brasil. À medida que as investigações prosseguem, a sociedade aguarda respostas da polícia e medidas eficazes que garantam que situações similares não voltem a ocorrer.

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