Brasil, 15 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

China reduz emissões de CO2 no primeiro trimestre de 2025

A China, maior emissor de gases do efeito estufa, apresenta redução significativa das emissões de CO2, impulsionada por energias renováveis.

A recente pesquisa do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA) revela que, mesmo com o aumento da demanda de energia, a China conseguiu reduzir suas emissões de CO2 no primeiro trimestre de 2025. Essa queda é um reflexo do investimento massivo do país em energias renováveis nos últimos anos, o que coloca a nação em um caminho promissor para atingir seus objetivos climáticos.

Investimentos crescentes em energias renováveis

A China, que é o maior emissor global de gases do efeito estufa, vem implementando uma estratégia agressiva de expansão das energias renováveis. De acordo com o CREA, a capacidade eólica e solar do país representa quase o dobro da soma global, e novas instalações contribuíram para uma redução de 1,6% nas emissões de CO2 no período analisado. O analista Lauri Myllyvirta enfatiza que esta é a primeira vez que uma diminuição nas emissões está diretamente ligada ao aumento da produção de energia limpa.

Impacto positivo apesar do aumento da demanda

Os dados revelam que, nos 12 meses anteriores a março de 2025, a China observou uma queda de 1% nas emissões em comparação com o ano anterior. Isso ocorreu, curiosamente, em um período em que a demanda total de eletricidade aumentou em 2,5%. A relação entre crescimento da energia limpa e redução das emissões é um sinal encorajador de que a transição energética pode se tornar uma realidade, mesmo em um dos maiores consumidores de energia do mundo.

A meta de neutralidade de carbono até 2060

A China tem como meta atingir o pico de suas emissões até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Embora os avanços sejam significativos, um estudo anterior aponta que o país ainda está “muito atrasado” em relação a seu objetivo de reduzir a intensidade de carbono (as emissões de CO2 em relação ao PIB) em 65%, em comparação com os níveis de 2005. Isso indica que, apesar das melhorias, ainda há um longo caminho a percorrer.

Colaboração internacional e desafios internos

A colaboração entre países, como a intensificação do Brasil com a China em pesquisa acadêmica voltada para a energia renovável e sustentabilidade, é um aspecto crucial nessa luta global contra a mudança climática. Contudo, o carvão continua a desempenhar um papel vital na matriz energética da China, o que pode ser um obstáculo na busca por uma economia de baixo carbono.

As declarações de Lauri Myllyvirta confirmam que o crescimento da produção de energia limpa superou o crescimento médio da demanda de energia, o que, teoricamente, poderia levar a uma substituição gradual dos combustíveis fósseis tradicionais. No entanto, o desafio permanece, já que o país depende fortemente da energia a carvão.

Conclusão: um futuro promissor?

As recentes conquistas da China na redução das emissões de CO2 oferecem esperança e um modelo potencial para outros países que buscam se descolar do uso de combustíveis fósseis. Com uma abordagem focada em energias renováveis e uma crescente colaboração internacional, a nação poderia não apenas alcançar suas metas climáticas, mas também se tornar um líder global na luta contra as mudanças climáticas.

À medida que o mundo observa esses desenvolvimentos, fica claro que a jornada de transformação energética da China será fundamental para o futuro sustentável do planeta. O caminho ainda é longo, mas a trajetória atual sugere que a inovação e a dedicação podem, de fato, moldar um futuro mais verde.

Referências: [Estudo do CREA sobre emissões de CO2 na China](https://oglobo.globo.com/economia/epoca/noticia/2025/05/15/china-reduz-emissoes-de-gas-carbonico-no-primeiro-trimestre.ghtml).

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes