Brasil, 17 de dezembro de 2025
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Flávio Bolsonaro é indicado como sucessor, mas enfrenta desafios nas eleições de 2026

O cenário político brasileiro se intensificou com a indicação do senador Flávio Bolsonaro (PL) como sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2026. A recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada ontem, evidencia que, embora Flávio inicie sua caminhada com uma margem competitiva, sua elevada taxa de rejeição representa um obstáculo significativo.

Resultados da pesquisa Genial/Quaest

Segundo os dados da pesquisa, se as eleições fossem realizadas hoje, Flávio Bolsonaro seria um dos principais concorrentes no primeiro turno, consolidando entre 21% e 27% das intenções de voto. Ele se posiciona abaixo apenas do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que varia entre 34% e 41%, dependendo da disputa com outros candidatos. A presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reduziria a votação de Flávio para 23% se comparado aos 41% de Lula.

Alta rejeição e desafios eleitorais

Embora Flávio apareça com uma base de intenções de voto respeitável, ele enfrenta uma rejeição alarmante de 60% entre os potenciais eleitores que conhecem seu nome, uma taxa equivalente à de seu pai, Jair Bolsonaro, que atualmente está inelegível. Essa rejeição é comparada a 54% para Lula e 47% para Tarcísio. Os números de aceitação indicam que Flávio precisa urgentemente trabalhar na imagem pessoal e nas alianças políticas para tentar viabilizar sua candidatura.

Concorrência com outros candidatos

A pesquisa mostrou que, em um cenário de segundo turno, Flávio não tem chances de vencer Lula, que mantém uma vantagem de 10 pontos em relação ao senador. Além disto, o cenário se complica ainda mais com a possibilidade de outros candidatos da direita, como Tarcísio e Ratinho Júnior (PSD), que também têm seu público. Em 2021, Lula possuía uma vantagem de 16 pontos em relação a Flávio, revelando que a indicação pelo pai não produziu uma mobilização significativa até o momento.

Reações e perspectiva do mercado

A decisão de Jair Bolsonaro de endossar Flávio como seu sucessor gera controvérsias. Uma maioria (54%) dos entrevistados acredita que a escolha de Bolsonaro foi um erro, e a desaprovação é notável entre aqueles que se identificam como independentes. Este grupo é especialmente relevante no atual cenário político, onde muitos eleitores estão indecisos. Outros nomes mencionados como potenciais candidatos incluem a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e Tarcísio.

Enquanto aliados de Flávio tentam interpretar os resultados da pesquisa de forma positiva, acreditando que sua posição pode catalisar novas alianças políticas, a reação do mercado foi menos otimista. Com base nas informações da pesquisa e o desempenho do senador, o dólar teve um aumento e o Ibovespa registrou queda, indicando uma falta de confiança da economia em torno de sua candidatura.

Um futuro incerto

Flávio Bolsonaro, que já indicou que poderia se retirar da corrida presidencial caso não conseguisse a aliança necessária, parece preso em um dilema: manter sua candidatura ou buscar uma alternativa que possa unir a direita. Sua intenção de atrair o apoio de partidos como PP, União Brasil e Republicanos se mostra difícil diante da rejeição que enfrenta.

Além disso, o clima dentro do partido e entre seus aliados pode mudar rapidamente dependendo do que as próximas semanas revelarem nas pesquisas. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sugere que a pesquisa será utilizada para convencer outros partidos a apoiarem Flávio, mas esse esforço pode ser em vão se a rejeição não for tratada de maneira eficaz.

A pesquisa feita entre os dias 11 e 14 de dezembro entrevistou 2.004 pessoas, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais, e se destaca como um termômetro importante nas movimentações políticas que antecedem as eleições de 2026. O que se observa é que Flávio Bolsonaro pode ter um potencial significativo, mas o caminho para a presidência exigirá muito mais do que apenas um sobrenome famoso.

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