De acordo com o boletim \”Focus\”, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central (BC), as projeções para a inflação em 2025 e 2026 foram revisadas para baixo, enquanto a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) subiu. As mudanças refletem a percepção de um ambiente econômico mais favorável e o esforço do Banco Central em manter a inflação dentro da meta.
Revisões na inflação e expectativa de estabilidade no cenário
As projeções indicam que a inflação para 2025 caiu de 4,43% para 4,40%, marcando a quarta redução consecutiva. Para 2026, o recuo foi de 4,17% para 4,16%, o terceiro consecutivo. Já para 2027 e 2028, as previsões do mercado permanecem em 3,80% e 3,50%, respectivamente. Essas estimativas sugerem que não haverá estourar da meta de inflação no ano de 2025, que é de 3%, dentro de uma faixa entre 1,5% e 4,5%.
Perspectivas de crescimento e evolução das taxas de juros
O mercado elevou a previsão de crescimento do PIB em 2025 de 2,16% para 2,25%, além de passar de 1,78% para 1,80% para 2026. Quanto às taxas de juros, a projeção para o fechamento de 2025 permanece em 15% ao ano, enquanto a expectativa para 2026 subiu de 12% para 12,25%. Para 2027, a previsão continua em 10,50%. Essas expectativas indicam uma manutenção de uma política monetária restritiva, com juro elevado.
Outros indicadores econômicos e projeções do BC
Quanto às variáveis cambiais e comerciais, a previsão para o dólar no fim de 2025 permanece em R$ 5,40, avançando para R$ 5,50 em 2026. A estimativa de superávit da balança comercial caiu de US$ 62,9 bilhões para US$ 62,1 bilhões em 2025, porém subiu de US$ 65,7 bilhões para US$ 66 bilhões em 2026. Além disso, as projeções para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil também aumentaram, passando de US$ 73 bilhões para US$ 75 bilhões em 2025 e de US$ 70 bilhões para US$ 72,2 bilhões em 2026.
Impactos e reflexões
Segundo analistas, a redução na expectativa de inflação deve favorecer a recuperação do poder de compra da população, principalmente entre os salários mais baixos, enquanto a projeção de crescimento reforça a confiança na retomada econômica do país. O Banco Central sinaliza a continuidade de uma política de juros elevados, em busca de manter a inflação sob controle.
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