Brasil, 2 de dezembro de 2025
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PT realiza diagnóstico eleitoral para as eleições de 2026

Ao avaliar palanques estaduais, o PT busca fortalecer candidaturas e a reeleição de Lula nas eleições de 2026.

Durante o mês de novembro, o Partido dos Trabalhadores (PT) está conduzindo um diagnóstico abrangente dos palanques eleitorais em todos os estados. O principal objetivo é identificar os melhores cenários que possam agregar apoio para as eleições do próximo ano. No dia 6 de novembro, foi instalado o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), coordenado pelo deputado federal e líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE).

A principal prioridade do grupo é a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recentemente confirmou seu interesse em concorrer a um quarto mandato. Além de trabalhar nessa reeleição, o partido articula alianças com o intuito de aumentar sua presença no Congresso Nacional, especialmente no Senado.

No entanto, apesar desse planejamento, lideranças petistas já percebem a necessidade de esforços adicionais nas negociações em vários estados. A um ano da eleição, o cenário ainda é imprevisível nos principais colégios eleitorais do país, como São Paulo e Minas Gerais. No Maranhão, uma disputa interna entre o governador e o vice petista gera mais incertezas nas articulações para 2026.

Desafios nos principais estados

São Paulo

No estado de São Paulo, a situação é particularmente delicada. O atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), ainda não decidiu se buscará a reeleição ou se vai se candidatar à presidência. Enquanto isso, o PT vê o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como uma possível opção, mas ele tem sido evasivo sobre sua candidatura ao cargo. Em setembro, Haddad declarou: “Neste momento, eu não tenho intenção de ser candidato no ano que vem e vou ter um tempo para planejar minha vida futura. Mas não tenho essa decisão tomada”.

Outra alternativa seria o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também demonstrou resistência em se candidatar. Ele é visto como uma possibilidade para repetir a chapa com Lula em 2026. Pesquisas recentes indicam que Alckmin é o que mais poderia rivalizar com Tarcísio, levando a disputa a um segundo turno. Outras candidaturas, como as de Márcio França (PSB) e Simone Tebet (MDB), também estão sendo consideradas para o Senado.

Minas Gerais

Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, apresenta um cenário ainda mais complexo. A conversa gira em torno da candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD), que é visto como o “candidato do coração” de Lula, mas que pode ter outras ambições, como a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Caso Pacheco não se candidate, ele poderá apoiar o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PDT).

Maranhão

No Maranhão, o clima é conturbado. O governador Carlos Brandão (PSB) rompeu com seu antecessor, Flávio Dino, e escalou o sobrinho Orleans Brandão (MDB) como potencial candidato ao governo. No entanto, o vice-governador Felipe Camarão, do PT e aliado de Dino, também é um concorrente. Brandão é considerado favorito para o Senado, mas hesita em deixar o cargo, o que poderia beneficiar Felipe.

Ações e Estratégias do PT

Além das disputas estaduais, o PT busca resolver algumas articulações em outros estados. No Rio de Janeiro, a estratégia envolve apoiar a candidatura do prefeito Eduardo Paes (PSD), que lidera nas pesquisas eleitorais. A presença do PT na chapa de Paes ainda precisa ser definida, mas uma das propostas é que a deputada federal Benedita da Silva concorra a uma das vagas do Senado.

Em Pernambuco, o PT planeja a reeleição do senador Humberto Costa em colaboração com o PSB do prefeito do Recife, João Campos. O partido também está aberto a um diálogo com a governadora Raquel Lyra (PSD) para fortalecer a base do governo, à medida que ambos procuram dominar a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas.

A agenda do PT está repleta de desafios e oportunidades, e as decisões tomadas agora poderão influenciar não apenas o sucesso eleitoral em 2026, mas também a dinâmica do partido em nível federal e estadual nos anos vindouros. Com um planejamento cuidadoso e a construção de alianças fortes, o partido pretende garantir um palanque robusto para a reeleição de Lula, enquanto enfrenta a competição acirrada em diferentes estados do Brasil.

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