Brasil, 2 de dezembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Visita do bispo Robson Rodovalho a Bolsonaro e seus desdobramentos

A visita do bispo Robson Rodovalho ao ex-presidente Jair Bolsonaro reacende discussões políticas e eleições de 2026.

Na quinta-feira passada, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu em sua casa o bispo Robson Rodovalho, fundador da igreja Sara Nossa Terra, em um encontro autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes. Essa visita marca um reencontro significativo entre Bolsonaro e lideranças evangélicas, após o STF ter proibido conversas entre ele e o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. A troca entre Rodovalho e Bolsonaro abordou temas que vão desde problemas de saúde a estratégias para o futuro político, especialmente em relação às eleições presidenciais de 2026.

Saúde e política: o momento de Bolsonaro

Dentre os temas discutidos, Rodovalho relatou que fez orações e leu trechos da bíblia para Bolsonaro, que enfrenta problemas gástricos e crises de soluços, afetando sua qualidade de vida. Durante a conversa, além de detalhes pessoais, houve um espaço para discutir a atual situação política do Brasil e os desdobramentos da próxima eleição. O estado emocional de Bolsonaro foi destacado, evidenciado por seu desânimo e incertezas sobre sua participação ativa na campanha, com Rodovalho afirmando que ele está em um “regime fechado” neste momento.

Desafios e estratégias para as eleições de 2026

A conversa também revelou a preocupação do ex-presidente com a escolha de um candidato da direita para enfrentar Lula nas eleições de 2026. Rodovalho observou que, após a discussão sobre a anistia e os recursos no Congresso, Bolsonaro poderia se sentir mais animado para tomar decisões sobre sua candidatura e seus apoios. Ele ressaltou que não se ganha uma eleição na improvisação e que a escolha do candidato deve ser feita com um planejamento cuidadoso.

A preocupação com a candidatura de Tarcísio de Freitas

Rodovalho considera Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, como o melhor nome para enfrentar Lula, mas expressa receios sobre se ele ainda está disposto a entrar na disputa. De acordo com o bispo, os ataques que Tarcísio tem sofrido, especialmente de Eduardo Bolsonaro, podem estar desencorajando sua candidatura. Em um momento de cautela, Rodovalho também mencionou a necessidade de uma chapa forte, acreditando que a combinação de Tarcísio e Michelle Bolsonaro poderia trazer uma musculatura necessária com o eleitorado.

A crítica ao envolvimento político dos evangélicos

Apesar de estar ajudando na formulação de uma chapa de direita para 2026, Rodovalho alertou sobre os erros que os evangélicos têm cometido ao se envolver excessivamente na política nos últimos anos. Essa crítica é vista por especialistas como um fator que pode justificar o desaceleramento no crescimento do segmento evangélico no Brasil, conforme revelam os dados do último Censo. Segundo Rodovalho, a igreja não deve ser apenas uma plataforma política, mas sim um espaço de oração e espiritualidade.

A visão de Rodovalho sobre a necessidade de equilíbrio

Rodovalho conclui sua análise dizendo que os pastores não deveriam se comportar como militantes em seus púlpitos. Ele defende que a mensagem da igreja deve transcender a política, pois muitos fiéis buscam ali um espaço de conforto e reflexão espiritual. Essa visão ressoa com a ideia de que a militância política pode prejudicar o propósito maior da fé e da comunidade religiosa.

Em resumo, a visita de Robson Rodovalho ao ex-presidente Jair Bolsonaro reflete um momento de reflexão sobre a saúde, o papel da política na vida da igreja e as estratégias para a próxima eleição. O reencontro e os diálogos mostraram um lado mais humano de Bolsonaro, que tenta encontrar seu lugar no novo cenário político, enquanto a sua base evangélica lida com as complexidades de ser um ator importante nesse contexto. A combinação de fé, saúde e política certamente continuará a ser um tema delicado e relevante nos próximos meses.

Esse encontro não apenas marca uma nova fase nas relações de Bolsonaro com os evangélicos, mas também indica uma busca por estratégias que poderão influenciar decisivamente os rumos políticos do Brasil em 2026.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes