Nesta segunda-feira, o político Carlos Bolsonaro fez uma declaração em uma rede social afirmando que ele e a deputada Carol de Toni estão “unidos pelo mesmo propósito”. Ambos são candidatos do PL (Partido Liberal) às duas vagas ao Senado em Santa Catarina. No entanto, a proposta enfrenta desafios devido a um acordo que envolve o atual senador Esperidião Amin (PP-SC), que busca a reeleição.
Conflito entre aliados
A situação se torna ainda mais complicada quando observamos a posição do senador Jorginho Mello, defensor do acordo com Amin. Esse impasse levou a deputada Carol de Toni a admitir que pode ser “obrigada a sair do partido”, segundo aliados. A deputada estadual Ana Campagnolo, do PL-SC, reafirmou que Carol “ficou sem espaço dentro do PL” devido à chegada de Carlos ao estado.
Segundo Campagnolo, o governador de Santa Catarina esclareceu que não haveria espaço para Carol ser senadora no PL, o que levou a deputada a considerar novas opções, incluindo negociar com outros partidos. A situação é tensa, pois o desejo de Carol de concorrer permanece forte, apesar das barreiras impostas por seu próprio partido.
Caminhos possíveis para Carol de Toni
Uma possibilidade ventilada é a de que Carol de Toni troque o PL pelo partido Novo, que já a convidou publicamente a se filiar. Embora tenha expressado interesse na candidatura, Carol decidiu adiar sua decisão em função de questões pessoais, já que se encontra em fase final de gestação, aguardando seu segundo filho. Contudo, sua determinação em não recuar da corrida ao Senado permanece intacta, mesmo diante da resistência do PL.
Reações dentro da família Bolsonaro
A candidatura de Carol conta com o suporte de outros membros da família Bolsonaro, incluindo a ex-primeira-dama Michelle, que é favorável à sua presença na chapa do partido. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também se manifestou, criticando aqueles que supostamente estariam tentando criar divisões entre os irmãos. Ele defendeu uma chapa que incluísse tanto Carol quanto Carlos.
No entanto, Jorginho Mello, que também disputará a reeleição em 2026, mostrou-se cauteloso em relação a uma chapa contendo múltiplos candidatos do PL, uma vez que busca construir uma aliança ampla para sua campanha. Ele já declarou que a candidatura de Esperidião Amin tem benefícios reduzidos para o partido e que a vaga de vice seria alocada para outra legenda, possivelmente o MDB, excluindo Carol de Toni dessa opção.
A estratégia na disputa interna do PL
A batalha pela candidatura ao Senado entre Carlos e Carol representa mais do que uma simples eleição: simboliza uma luta política interna dentro do PL e uma divisão entre os apoiadores de cada um. Carlos enfatizou em sua declaração que ele e Carol continuam “unidos pelo mesmo propósito”, mesmo em meio a tensões e divergências partidárias.
Com o cenário político em constante evolução e as incertezas já visíveis, a expectativa sobre a definição da candidatura de Carol de Toni e seu futuro no PL mantém o público e os aliados atentos. A politicagem em Santa Catarina, marcada por contatos estratégicos e alianças, promete aquecer ainda mais conforme as eleições de 2026 se aproximam.
Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que permanece sem poder de comunicação ativo, pode, mesmo à distância, influenciar as decisões e alianças que moldarão o futuro destes candidatos e a dinâmica do PL em Santa Catarina.
As próximas semanas devem trazer desenvolvimentos significativos à medida que a pressão aumenta e as decisões finais sobre as candidaturas são tomadas. A disputa continua acirrada, com os holofotes voltados para os laços e tensões familiares que marcam esses tempos desafiadores na política brasileira.


