Brasil, 2 de dezembro de 2025
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Haddad critica calote em precatórios e reforça compromisso com equilíbrio fiscal

Ministro da Fazenda afirma que governo Lula repudiou calote passado e busca resolver dívida de forma sustentável e constitucional

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta sexta-feira (24) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudia o calote nos precatórios promovido pelo governo de Jair Bolsonaro. Em seminário do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), Haddad ressaltou que a administração federal prioriza a resolução sustentável do problema fiscal, sem alterar regras constitucionais.

Posição do governo federal sobre os precatórios

Haddad destacou que a União decidiu ficar de fora da recente emenda constitucional que restringe o pagamento de precatórios por Estados e municípios. “A única participação da Fazenda foi pedir para não mexer nos precatórios federais. Nós repudiamos o calote dado na gestão anterior e não seguimos esse caminho”, afirmou o ministro.

Segundo ele, a medida recente, considerada “ilegal, inconstitucional e irracional”, está sendo questionada por uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF, movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A PEC aprovada pelo Congresso em 2021 limitou o pagamento de precatórios da União até 2026, acumulando passivos que ainda hoje impactam as contas públicas.

Compromisso com o equilíbrio fiscal

Desafios e ações do governo Lula

Haddad explicou que, apesar das dificuldades, o governo busca solucionar o problema fiscal de forma responsável. “Resolver o problema fiscal de qualquer jeito não é suficiente. Precisamos de uma solução sustentável, que respeite a Constituição e as decisões judiciais”, afirmou.

Ele também destacou que o governo abriu um crédito extraordinário para pagar precatórios atrasados por meio de medida provisória, sem impacto nas regras fiscais, uma tentativa de reduzir a dívida acumulada desde o governo Bolsonaro.

Reflexões sobre gastos passados

O ministro reforçou sua postura de que é preferível assumir responsabilidades pelos gastos feitos na gestão passada do que ser rotulado de caloteiro. “Prefiro a pecha de quem gastou demais do que de caloteiro”, afirmou, criticando quem tenta deslegitimar os pagamentos de dívidas anteriores.

Questões éticas e atuação profissional

Haddad também criticou a atuação de alguns advogados na litigância de má-fé, que buscam facilitar o acesso a benefícios sociais indevidos. “Precisamos zelar pela coisa pública dos dois lados”, afirmou, reforçando a importância de uma atuação ética e responsável na área jurídica.

O ministro concluiu destacando a importância de manter o equilíbrio nas contas públicas de forma sustentável, respeitando limites legais e institucionais, para garantir a estabilidade econômica do país.

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