Depois de uma semana de suspensão, Jimmy Kimmel voltou ao palco do seu programa “Jimmy Kimmel Live!” na noite de terça-feira, recebendo uma ovação de pé do público. O apresentador não deixou passar a oportunidade de fazer críticas severas ao ex-presidente Donald Trump e de abordar questões ligadas à liberdade de expressão e às ameaças contra o humor na sociedade americana.
Retorno marcado por críticas ácidas a Trump e a política americana
Jimmy iniciou seu monólogo citando as recentes declarações de Trump, que relacionou Tylenol a teorias conspiratórias sobre autismo. “Fiquei confuso se tive uma crise de identidade ou se o CEO da Tylenol decidiu que ele também quer um mandato presidencial”, brincou, referindo-se às afirmações infundadas do ex-presidente.
O apresentador destacou ainda o impacto das declarações de Trump sobre liberdade de expressão. “Há dois anos, Trump dizia que sem liberdade de expressão, não há país livre. Mas agora, ele tenta me silenciar, como se isso fosse real”, afirmou, exibindo um vídeo do republicano criticando a suspensão do seu programa.
Defesa do humor e do direito de satirizar
Jimmy lembrou que sua carreira sempre foi pautada pela liberdade de fazer piadas, inclusive contra figuras de poder. “Quando Stephen Colbert foi cancelado, percebi que o que consideramos normal na TV americana está ameaçado. Isso é um perigo para nossa democracia”, afirmou.
O apresentador também aproveitou para fazer uma piada com Trump, dizendo que ele quase deveria sentir pena do ex-presidente. “Ele tentou me cancelar, mas só conseguiu colocar milhões de pessoas para assistir ao meu programa. Acho que agora, ele vai precisar de uma distração, como talvez liberar os arquivos de Epstein”, brincou.
Ponto de virada emocional e mensagem de esperança
Em um momento mais comovente, Jimmy falou sobre o ataque a Charlie Kirk, um ativista de direita que foi baleado na semana passada por Tyler Robinson, um jovem de 22 anos suspeito de homicídio. “A esposa de Charlie Kirk, Erika, perdoou o atirador. Essa é uma lição de graça que devemos seguir”, disse, com a voz embargada.
Ele também destacou a importância da liberdade de expressão, criticando críticas e tentativas de censura, e reforçando a vigília contra qualquer tentativa de silenciamento. “O que aconteceu com Charlie Kirk não representa ninguém. É um criminoso que acreditava na violência como solução. Isso nunca deve ser aceito”, afirmou com ênfase.
Comentários finais e expectativa para o futuro
Antes de encerrar, Jimmy agradeceu o apoio de colegas do jornalismo e de figuras relacionadas ao entretenimento, como Candace Owens e Ben Shapiro. “A maior vitória é ver seu direito de fazer humor preservado, mesmo diante de ataques e tentativas de censura”, concluiu.
O retorno de Jimmy Kimmel foi marcado por uma mistura de críticas contundentes, humor afiado e mensagens de esperança, reforçando seu compromisso com a liberdade de expressão no cenário político e cultural americano. O episódio completo do monólogo está disponível no YouTube, convidando o público a refletir sobre os limites e a importância do humor na democracia.