Recentemente, uma teoria apocalíptica ganhou destaque na internet após um pastor sul-africano afirmar que a data do Rapture, a suposta segunda vinda de Jesus, seria em 23 de setembro de 2025. Joshua Mhlakela anunciou essa previsão em um podcast, gerando uma onda de reações no TikTok, com quase 300 mil postagens usando a hashtag #Rapture. Muitas pessoas estão se preparando para o que consideram o fim dos tempos, vendendo bens, deixando mensagens e até pedindo folgas no trabalho, enquanto outras tornam a situação uma brincadeira com memes e piadas.
O que é o Rapture?
O Rapture, na teologia cristã, refere-se ao momento em que os fiéis seriam elevados ao céu antes de um juízo final. Ainda que seja uma crença amplamente debatida, muitas denominações interpretam esse evento como um sinal de que o fim do mundo está próximo. Essa expectativa ganhou força em círculos religiosos e, recentemente, foi intensificada por Mhlakela, que afirmou ter recebido uma mensagem de Jesus em um sonho, garantindo com 100% de certeza que a data seria nesta semana.
Por que a data agora?
Apesar de as previsões do fim do mundo acontecerem há décadas de forma cíclica, o entusiasmo de 2025 parece estar ligado às circunstâncias atuais — uma combinação de crises globais, problemas ambientais e uma sensação de instabilidade geral. Além disso, a pandemia e as crises econômicas aumentaram o sentimento de que o apocalipse estaria mais próximo. A previsão de Mhlakela, embora sem base científica ou religiosa oficial, encontrou terreno fértil na cultura de redes sociais, especialmente no TikTok, onde criadores compartilham preparações “last minute”.
Como chegamos aqui?
O fenômeno de RaptureTok é uma mistura de especulação, memética e desejo de significado em tempos incertos. A cultura de memes eventualmente se apoderou da narrativa, com internautas zombando, criando vídeos engraçados de despedidas e mensagens fictícias de Jesus. Paralelamente, grupos religiosos levam a sério a previsão, reforçando a preparação espiritual e material. Este fenômeno reflete uma tendência maior: a busca por respostas rápidas para questões existenciais, alimentada pelo ambiente digital.
Reações na internet
O lado sério do movimento é preocupante, pois alguns usuários estão realmente vendendo bens, deixando notas de despedida e se preparando para uma ascensão física ao céu. Muitos compartilham dicas sobre o que fazer ao “partir”. Mas há também uma forte presença de humor, memes e críticas, que zombam das alegações ou desejam desacreditar a previsão. Comentários e trendings de memes reforçam o clima de piada, enquanto outros simplesmente assitam de camarote ao caos.
Impactos e próximo passo
Com a data se aproximando, o debate sobre a validade do Rapture aumenta. Especialistas ressaltam que previsões apocalípticas costumam ser resultado de interpretações subjetivas e não de fundamentação religiosa ou científica. Independentemente do resultado, o fenômeno evidencia a dinâmica social da era digital, onde o medo, a fé e o humor se entrelaçam a uma velocidade impressionante. O que acontecerá após 23 de setembro? Seja qual for o desfecho, o episódio fica como uma janela para entender como o imaginário coletivo se manifesta online em tempos de crise.
