Antes mesmo de iniciar as filmagens de “West Side Story”, nomes como Elvis Presley, Elizabeth Taylor e Marlon Brando estiveram entre os possíveis protagonistas, mas a escolha final foi muito diferente. Conheça os fatos que revelam os segredos por trás do filme que marcou uma geração e que agora ganham novas interpretações ao serem revelados.
Quem quase brilhou nos papéis principais
Antes de Natalie Wood assumir o papel de Maria, vários astros de Hollywood demonstraram interesse em participar do projeto. Elvis Presley, Elizabeth Taylor, Warren Beatty, Audrey Hepburn, além de Chita Rivera, Marlon Brando e Robert Redford foram considerados para os papéis principais. Segundo George Chakiris, rumores de que essas lendas poderiam estar no elenco fizeram alguns atores de teatro duvidar da sua chance de serem escalados.
O processo de seleção e o papel de Rita Moreno
Rita Moreno, que venceu o Oscar por sua atuação, precisou fazer audições várias vezes para o papel de Anita. Ela contou ao NPR que a parte mais difícil foi a audição de dança, motivo pelo qual se matriculou em várias aulas de dança, correndo riscos de se cansar. Quando finalmente recebeu a oferta, quase recusou ao saber da linha inicial de “America”, que a descrevia de forma racista. Stephen Sondheim, que trabalhou no roteiro, mudou a frase imediatamente após sua seleção.
Escolha do elenco principal e suas dificuldades
Natalie Wood e a dúvida sobre suas habilidades vocais
Apesar de ter feito aulas de canto intensas, Natalie Wood teve sua voz dublada por Marni Nixon em várias músicas, incluindo “Tonight”. Richard Beymer também teve sua voz dublada, apesar de cantar suas próprias partes, com Nixon e Jimmy Bryant como dublês. A escolha de Wood aconteceu após uma sessão de teste do filme “Splendor em Grass”, onde ela atuava ao lado de Warren Beatty.
George Chakiris e a preparação para o papel
Antes de interpretar Bernardo, Chakiris atuava como Riff na versão do West End. Ele acompanhou a atuação de Ken Le Roy, o original em palco, por um ano e meio, estudando o papel até se sentir preparado para a adaptação.
Desafios durante as filmagens
A realização dos números de dança exigiu muito dos atores, resultando em várias lesões. Gina Trikonis, por exemplo, foi hospitalizada com mono durante as gravações de “Gee, Officer Krupke”, enquanto Susan Oakes se machucou ao cair em uma grade de pregos no set de “Cool”. Além disso, muitas cenas só foram possíveis após improvisos, como o uso de buracos no chão para capturar os bailarinos de cima.
Segredos do elenco e conflitos internos
Havia uma tensão notável entre Natalie Wood e Richard Beymer, que, segundo Russ Tamblyn, não se gostavam, possivelmente devido a questões relacionadas à relação de Wood com seu então marido, Robert Wagner. Moreno também revelou que Jerome Robbins, o coreógrafo e diretor de palco, criou diversas versões das coreografias, muitas delas difíceis de memorizar, o que evidenciava o perfeccionismo do diretor.
Cenas difíceis e equipamentos especiais
O número “Cool” foi um evento exaustivo devido ao cenário do estacionamento, que tinha 85 por 150 pés de largura com pé-direito de apenas oito pés. O ambiente virou um “sahará infernal” sob as luzes, o que dificultou bastante a atuação dos atores. O orçamento do filme também foi impactado pelos custos elevados com os figurinos, sendo as roupas de Natalie Wood e Rita Moreno as mais caras, com cerca de R$ 20 mil cada na época.
Por que Jerome Robbins foi afastado
O renomado diretor de stage foi demitido durante as filmagens, devido ao atraso na produção e ao orçamento altíssimo. Robert Wise assumiu as últimas semanas de gravações, que tiveram que ser feitas às pressas. A preparação das cenas de dança também foi uma das tarefas mais complicadas, com Robbins criando várias versões diferentes de cada segmento.
Impacto emocional na equipe
Moreno recorda que a cena em que Anita é atacada no estabelecimento de Doc foi uma das mais difíceis de filmar, levando uma semana inteira de gravações e emocionando profundamente os atores. Ela revelou que, após tantas horas de atuação, acabou chorando nos bastidores devido à intensidade do momento.
Conclusão: o legado de “West Side Story”
Esses detalhes revelam que por trás do musical clássico há muitos esforços, dificuldades e histórias emocionantes que muitas vezes não aparecem na tela. Cada ator, diretor e equipe enfrentaram desafios que fortaleceram ainda mais a obra, tornando “West Side Story” um verdadeiro ícone do cinema musical.
Se você quer aprofundar ainda mais seus conhecimentos sobre os bastidores dessa produção, pode conferir o livro “West Side Story: The Jets, the Sharks, and the Making of a Classic” por Richard Barrios, que traz detalhes exclusivos da história do filme.