A Catedral de São Patrício, em Manhattan, revelou nesta semana um mural de 25 pés de altura que homenageia os migrantes que contribuem para a cidade de Nova York. Com o título “What’s So Funny About Peace, Love, and Understanding”, a peça fica na entrada da emblemática igreja e retrata figuras históricas e contemporâneas de diferentes origens, refletindo a diversidade do povo que construiu e enriquece a metrópole.
Mural enfatiza acolhida e diversidade dos imigrantes em Nova York
O mural integra uma representação da aparição de Maria, José e São João Evangelista na vila irlandesa de Knock, além de figuras renomadas da história da imigração, como Dorothy Day, Pierre Toussaint e Alfred E. Smith. Está também presente a primeira santa indígena americana, Kateri Tekakwitha.
De acordo com o cardeal Timothy Dolan, que irá benzer a obra neste domingo, a intenção foi criar uma homenagem não somente à fé, mas também à acolhida que a Igreja e a cidade oferecem aos migrantes: “Transformou-se em uma ode a Jesus, Maria, José, São João e à fé do povo irlandês, que foi fundamental nesta arquidiocese, mas também a todos que aqui encontraram acolhida.”
Detalhes e significado do projeto
Dolan revelou que a ideia original era instalar o mural na renovação de 2012, mas recomendou-se esperar, o que, segundo ele, contribuiu para a maturação da obra: “Foi como um cozido na panela de pressão, amadureceu ao longo do tempo.”
O artista responsável, Adam Cvijanovic, destacou a escolha por retratar pessoas reais, incluindo a mãe do próprio cardeal Dolan, Shirley, que foi modelo para uma das migrantes na peça. Ele afirmou: “Tudo neste mural é uma pessoa de verdade, inclusive os anjos.”
O mural também apresenta elementos relacionados aos primeiros respondedores do caos e às comunidades que enfrentaram desafios ao longo do tempo na cidade.
Impacto e mensagens de esperança
O custo da obra foi coberto por benefatores, segundo informações do próprio Dolan. O padre Enrique Salvo, vigário geral da catedral e imigrante de Nicarágua, reforçou a importância do projeto: “Se alguém me dissesse que um dia eu seria responsável por algo assim, não acreditaria. Mas com Deus, tudo é possível, e espero que essa obra inspire todos que entrarem aqui, mostrando que somos bem-vindos e chamados a fazer a diferença.”
O mural é visto como um símbolo de esperança e inclusão na cidade de Nova York e reforça o papel da Igreja Católica na acolhida às diversas comunidades migrantes ao longo dos séculos.
Mais informações podem ser encontradas na reportagem completa do Catholic News Agency a partir do link oficial.