Brasil, 18 de setembro de 2025
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Gabriel Galípolo defende autonomia do Banco Central para proteger o país

Presidente do BC destaca que autonomia garante decisões independentes e segurança institucional, destacando colaboração com outros poderes.

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (18/9) que a autonomia da instituição é um processo de proteção não para os diretores, mas para o país. Durante o II Seminário Nacional sobre Crédito Consignado, Galípolo explicou que a autonomia permite que os diretores tomem decisões melhores para o Brasil, sem influência de cálculos políticos.

Autonomia como proteção institucional

De acordo com Galípolo, a autonomia do BC é importante “para que os diretores possam se sentir à vontade e protegidos para tomar as decisões que são melhores para o país, independente do cálculo político de como aquilo vai aparecer”. Ele ressaltou que o papel do Banco Central é ter condição institucional e coragem para cooperar com os demais Poderes, buscando soluções que beneficiem a população.

Galípolo também destacou que autonomia não significa falta de diálogo entre os Poderes. “As instituições podem construir relacionamentos para melhorar a qualidade de vida da sociedade”, afirmou. Como exemplo, citou a cooperação entre o BC e a Polícia Federal no combate ao crime organizado no setor financeiro.

Contexto político e debate sobre a autonomia

As declarações ocorrem semanas após líderes do centrão votarem a urgência de um projeto que permite que os diretores do BC possam ser demitidos pelo Congresso. O texto propõe que as autoridades possam ser afastadas se a condução das atividades do banco for considerada incompatível com os interesses nacionais. Atualmente, apenas o presidente da República tem autoridade para afastar os diretores, e somente em casos específicos.

Crédito consignado e juros baixos

Galípolo destacou que as taxas de juros cobradas na ponta, tanto de pessoas físicas quanto de empresas, costumam ser um múltiplo da taxa básica de juros definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, o crédito consignado é uma das linhas mais acessíveis atualmente, devido às garantias que oferece.

Ele explicou que muitas pessoas veem o crédito consignado como uma renda extra, pois só percebem que têm uma dívida quando estão inadimplentes. “Essa concepção de crédito como uma solução emergencial foi uma configuração que não foi pensada para isso”, afirmou Galípolo, reforçando a importância de uma compreensão mais consciente do uso do crédito.

Recentemente, a discussão sobre a autonomia do Banco Central e as mudanças na gestão da instituição têm ganhado destaque no cenário político, reforçando a necessidade de equilíbrio entre independência técnica e controle democrático.

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