Papa Leo XIV declarou que a crise financeira enfrentada pelo Vaticano está sob controle, afirmando que “as coisas vão ficar bem”, mesmo reconhecendo que melhorias são necessárias. As declarações foram feitas em uma entrevista ao jornal Crux, publicada nesta quarta-feira (18), no contexto de uma biografia do pontífice, “Leo XIV: Cidadão do Mundo, Missionário do Século XXI”.
Crise financeira e perspectivas de recuperação no Vaticano
Questionado sobre a delicada situação financeira do Estado, especialmente o déficit no fundo de aposentadoria, Leo XIV afirmou que o Vaticano precisa “continuar trabalhando” para solucionar as dificuldades econômicas. A crise foi agravada pelos efeitos da pandemia, que provocaram fechamento do Museu Vaticano, uma das principais fontes de arrecadação da Santa Sé.
Mesmo assim, o papa destacou melhorias recentes: “Tem mais turistas em Roma este ano, o que indica uma mudança positiva em relação ao passado”, disse. Segundo ele, o aumento do fluxo de visitantes tem contribuído para uma recuperação financeira gradual.
Colaboração interna e mensagens corretas
Leo XIV ressaltou a importância de uma maior cooperação entre os diferentes departamentos do Vaticano para garantir recursos financeiros adequados. “Tudo o que tenho na minha mão nem sempre consegue chegar ao outro lado, e precisamos aprender a trabalhar juntos de forma mais positiva”, afirmou.
O pontífice também criticou a comunicação do Vaticano em relação à sua saúde financeira, alegando que mensagens incorretas podem desestimular doadores. “Uma mensagem negativa não inspira confiança; pelo contrário, faz as pessoas pensarem: ‘Por que doar mais se a administração não é adequada?’”, explicou.
Perspectivas de reformas financeiras
Antes de sua eleição, Leo XIV dedicou-se ao estudo da questão fiscal do Vaticano. Ele afirmou estar convencido de que “as coisas vão ficar bem”, embora reconheça que o processo de reforma deve continuar, particularmente as iniciativas iniciadas pelo Papa Francisco.
“Precisamos avançar no processo de reforma que começou Francisco”, concluiu, reforçando o compromisso do Vaticano com a transparência e a sustentabilidade financeira a longo prazo. As mudanças visam fortalecer a credibilidade do Estado Pontifício perante seus fiéis e o mundo.
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