Brasil, 15 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Republicano sugere que direitos de casamento interracial devem ficar a cargo dos estados

Declaração gerou surpresa e protestos após o senador sugerir que a legalidade do casamento interracial poderia ser decidida pelos estados

Recentemente, um senador republicano causou indignação ao afirmar que direitos fundamentais, como o casamento interracial, deveriam ser decididos pelos estados. A declaração provocou uma forte reação pública e debates sobre o futuro das garantias civis nos Estados Unidos.

O que o senador falou sobre direitos de casamento

Durante uma entrevista gravada em 2022, o senador Mike Braun afirmou que o casamento interracial poderia ser deixado a decisão dos estados. Quando questionado se concordava que a Suprema Corte deveria determinar esse direito, Braun respondeu: “Sim, acho que isso é algo que, se você não quer que a Corte Suprema intervenha em questões assim, não pode querer ter seu bolo e comê-lo também.”.

Ele também comentou sobre o caso Griswold v. Connecticut (1965), que garantiu o acesso a contraceptivos para casais casados, dizendo que prefere que cada estado manifeste suas opiniões em questões sensíveis, em vez de uma regra única para todo o país. Braun posteriormente tentou explicar suas declarações, afirmando que “compreendeu mal a linha de questionamento” e que “condena o racismo em qualquer forma”.

Reações públicas e críticas

A fala de Braun gerou uma intensa repercussão nas redes sociais. Muitos internautas questionaram a liberdade de decidir direitos civis essenciais por parte dos estados. Uma usuária comentou: “Por que o casamento interracial seria uma questão?”. Outra questionou: “As pessoas deveriam ter direitos, não os estados.”.

Além disso, um detalhe chamou atenção: o próprio vice-presidente dos EUA, JD Vance, é casado com uma pessoa de raça diferente, o que demonstra a dissonância na postura de alguns políticos. Como destacou um internauta: “Sempre que tentam tirar direitos, eles dizem que é uma decisão dos estados.”.

Contexto histórico e preocupações atuais

Desde 1967, o casamento entre pessoas de raças diferentes é protegido por decisão do Supremo Tribunal no caso Loving v. Virginia. A declaração de Braun reacendeu preocupações sobre se esses direitos estão seguros diante de uma possível reversão ou enfraquecimento de conquistas civis.

Especialistas alertam que ameaças à legislação de direitos civis, como o direito ao casamento igualitário e a cidadania por nascimento, podem estar em risco se a discussão de autonomia estadual ganhar força política. A comunidade LGBT+ e ativistas de direitos civis manifestaram sua preocupação com o retrocesso em avanços conquistados ao longo de décadas.

Perspectivas futuras e debate nacional

A controvérsia levanta o debate sobre até que ponto os direitos civis devem ser descentralizados ou protegidos por leis federais. A discussão permanece acirrada com a proximidade de eleições e a polarização política nos Estados Unidos. É importante acompanhar como os líderes irão lidar com a defesa de direitos universais frente às propostas de delegar tais decisões aos Estados.

Para entender melhor o impacto das declarações e o panorama atual das garantias civis, os interessados podem conferir a íntegra do vídeo da entrevista no link aqui.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes