Brasil, 15 de setembro de 2025
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Família de PM morto em acidente cobra respostas e indenização

Familiares de subtenente Paulino Cristovam buscam justiça e R$ 200 mil após sua morte em acidente antes do desfile de 7 de Setembro.

Um triste episódio envolvendo a Polícia Militar de São Paulo reverbera no coração da família do subtenente Paulino Cristovam da Silva, que faleceu em setembro do ano passado após um trágico acidente durante os preparativos para o desfile cívico-militar do 7 de Setembro. O policial, que tinha 52 anos e 32 de serviço na PM, sofreu uma queda de cavalo momentos antes do evento, e desde então, sua família aguarda respostas sobre as circunstâncias de sua morte e um processo de indenização que ainda não foi concluído.

O acidente trágico

A fatalidade ocorreu no Sambódromo do Anhembi, onde Paulino estava se preparando para participar do desfile. Em um ato que chocou a todos, testemunhas afirmam que o policial teria desmaiado, fazendo com que o cavalo, chamado Quero-Quero, disparasse com ele montado. O animal percorreu uma distância considerável antes de Paulino cair e bater a cabeça no chão, resultando em um traumatismo cranioencefálico que levou à sua morte.

A notícia da morte do subtenente logo se espalhou, causando comoção entre colegas e familiares. Paulino, conhecido por sua dedicação e amor à profissão, estava prestes a se aposentar e era esperado que desfilasse em homenagem à Independência do Brasil, um evento que ele sempre aguardava ansiosamente.

Reclamações da família

Um ano após a tragédia, a família de Paulino, composta por quatro irmãos e uma sobrinha, se vê em um limbo de incertezas. Ao procurarem a Polícia Militar, eles exigem respostas claras sobre como exatamente o acidente ocorreu. “Passado mais de um ano, ainda não sabemos as circunstâncias da morte dele. É um direito nosso saber”, declarou Dirceu Walber Gonçalves de Lima, advogado da família.

Além da busca por esclarecimentos, os familiares também reivindicam o pagamento de R$ 200 mil, conforme estipulado pela lei estadual 14.984 de 2013, que garante indenização a familiares de agentes mortos em serviço. Até o momento, a PM não forneceu informações consistentes ou resposta sobre o pagamento da indenização, o que tem gerado frustração e desespero na família.

Investigação interna da PM

Em sua defesa, a Polícia Militar classificou a morte de Paulino como um “acidente de trabalho” e afirmou que uma investigação interna concluiu que não houve imprudência da parte do policial. Essa posição, no entanto, não apaziguou a angústia da família, que deseja transparência na apuração e nas indenizações devidas.

Embora a instituição tenha tentado se comunicar com a família para tratar do processo de indenização, essa comunicação cessou em outubro de 2024, levando os familiares a se sentirem desamparados e sem respostas relevantes sobre o destino do processo.

Desfechos e homenagens

Paulino foi sepultado com honras militares no Mausoléu da Polícia Militar e recebeu homenagens póstumas, lembrado como um policial exemplar, querido por seus colegas e pela comunidade. Sua morte teve um impacto significativo, refletindo-se em homenagens que continuaram a ser prestadas mesmo um ano após o acidente.

No último 7 de setembro, durante a celebração da Independência, a PM prestou uma nova homenagem ao subtenente. O desfile deste ano foi marcado pela ausência de um cavalo não montado, simbolizando a perda de Paulino. Além disso, foi plantada uma árvore em sua memória, um gesto que reforça a memória de um homem que dedicou sua vida à segurança da população.

A luta pela verdade e pela justiça continua. A família de Paulino espera que o silêncio da PM seja quebrado, que suas perguntas sejam respondidas e que o direito à indenização seja respeitado, garantindo que a memória de seu ente querido não seja esquecida.

Esse caso destaca não apenas a importância dos cuidados com a segurança dos policiais, mas também a necessidade de um sistema de suporte para as famílias que ficam para trás, muitas vezes sem informações e direitos garantidos. Continuamos acompanhando as movimentações e esperando que a verdade prevaleça.

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