Brasil, 12 de setembro de 2025
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Sheinbaum garante que aumento de tarifas não deve gerar conflito com China

A presidente mexicana Claudia Sheinbaum afirma que a elevação de tarifas de importação, incluindo a China, não deve gerar conflitos diplomáticos.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou nesta quinta-feira (11) que o aumento de tarifas de importação proposto por seu governo para países sem acordo de livre comércio, como a China, não deve provocar conflitos internacionais. A decisão faz parte de um projeto de lei enviado ao Congresso que prevê tarifas de até 50% sobre vários bens de setores estratégicos.

Projeto de lei e reação internacional

O Ministério da Economia do México divulgou que o projeto de lei, que já está na pauta legislativa, pretende elevar as tarifas para cerca de vinte setores industriais estratégicos, incluindo o setor automotivo, que é fortemente impactado pelo aumento. Segundo a proposta, os veículos leves importados da China, maior exportador sem acordo comercial com o México, passariam a pagar uma tarifa de até 50%, bem acima do intervalo atual de 15% a 20%.

Sheinbaum destacou que o governo conta com uma ampla maioria no Congresso bicameral para aprovar a medida e que ela não é uma resposta às pressões dos Estados Unidos, mas sim uma iniciativa para fortalecer a economia do país. “Não queremos nenhum conflito com nenhum país, estamos conversando com o embaixador da China e com representantes de outros nações”, afirmou.

Reação da China e diálogo diplomático

Em resposta ao projeto mexicano, o governo chinês reagiu de forma firme, afirmando que “se opõe firmemente a qualquer coerção de outros países para impor restrições às suas exportações”. Na conferência matinal, Sheinbaum foi questionada sobre a reação de Pequim, mas preferiu não citar explicitamente o posicionamento chinês. “Não estamos pensando em conflito, estamos em diálogo com a China e outros países”, declarou.

Impacto no setor automotivo e contexto comercial

A China, segundo o governo mexicano, é o maior exportador para o México sem acordo de livre comércio, representando 30% do mercado de veículos leves no país. A proposta prevê que esses veículos sejam tributados em 50%, o que pode impactar duramente o setor automotivo mexicano, além de afetar a relação comercial com Pequim.

Sheinbaum também afirmou que a iniciativa não tem relação com pressões do presidente americano, Donald Trump, mas sim com um projeto de fortalecimento da economia nacional. “Estamos adotando uma postura independente e de defesa dos nossos interesses comerciais, dentro do que é permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC)”, completou.

Perspectivas e próximas ações

Ainda não há uma previsão de votação definitiva, mas o governo mexicano acredita que a proposta deve ser aprovada com facilidade. A aprovação dessas medidas significaria uma mudança importante na política de comércio exterior do país, buscando proteger setores estratégicos diante de um cenário global de tensões comerciais.

Para acompanhar os desdobramentos, o governo mexicana mantém diálogo aberto com a China e outros parceiros comerciais, buscando evitar uma escalada de conflitos e preservar relações diplomáticas importantes para o comércio internacional.

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