Brasil, 9 de setembro de 2025
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Ministros de Lula ironizam bandeira dos EUA em ato pro-Bolsonaro

Ministros do governo Lula comentaram ironicamente a exibição da bandeira americana em manifestação do Sete de Setembro em São Paulo.

No último domingo, durante as comemorações do Dia da Independência do Brasil, uma manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista gerou polêmica ao exibir uma bandeira dos Estados Unidos. O acontecimento não passou despercebido pelos ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que ironizaram a situação em uma reunião realizada na manhã de segunda-feira no Palácio do Planalto.

A ironia dos ministros sobre a bandeira americana

De acordo com relatos obtidos, ministros presentes ao encontro questionaram sobre quem seria o “aliado de Bolsonaro” que decidiu estender a bandeira americana durante o ato. Essa ironia surge em um momento em que o governo Lula enfatiza a soberania e o patriotismo em suas discursos e ações políticas. Um ministro, em tom de brincadeira, chegou a sugerir que a ideia de usar a bandeira poderia ter partido de Sidônio Palmeira, o marqueteiro de Lula, gerando risos entre os participantes.

Na manifestação, que contou com a presença de figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a bandeira americana foi destacada sobre os manifestantes, acentuando a dicotomia entre os sentimentos nacionalistas promovidos pelo governo atual e a imagem projetada por parte da oposição.

Pressão da oposição e reunião de ministros

Além da ironia, o ato na Avenida Paulista também está inserido em um contexto de crescente pressão da oposição sobre o governo Lula, especialmente para que o projeto de anistia seja colocado em pauta. Em resposta a essas tensões, Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, iniciou a semana reunindo aliados no Palácio do Planalto, incluindo representantes de diversos partidos. O encontro envolveu ministros de partidos como União Brasil, MDB, PSD, PSB e PCdoB, demonstrando a necessidade de um apoio unificado diante da oposição.

Rui Costa, ministro da Casa Civil, também fez críticas contundentes à manifestação. Em uma declaração à Rádio Jacobina FM, da Bahia, ele expressou indignação pelo uso da bandeira dos Estados Unidos em um dia que deveria ser dedicado à celebração da independência nacional. “Nunca vi, na história da humanidade, políticos que, no dia da independência de um país, erguessem a bandeira de outra nação, justamente uma nação que adotou medidas para destruir empregos, empresas e a economia do Brasil. Nunca vi nada parecido”, disse.

A repercussão nas redes sociais

O episódio rapidamente ganhou destaque nas redes sociais, com internautas divididos entre apoiadores e críticos da manifestação. Para muitos, a presença da bandeira americana simboliza uma identidade política que não condiz com os valores que a data comemorativa deveria representar. A utilização da bandeira estrangeira gerou manifestações tanto de apoio ao ex-presidente quanto de repúdio, com usuários ressaltando a importância de um patriotismo genuíno no contexto atual.

Com o Brasil enfrentando desafios em sua economia e política interna, a imagem de um ato que privilegia um símbolo estrangeiro em um momento de celebração nacional levanta questões sobre a identidade e os valores que estão sendo defendidos por diferentes setores da sociedade. Enquanto isso, o governo Lula continua a promover uma agenda voltada para reverter o que considera erros da administração anterior, buscando reafirmar a soberania e a autonomia do Brasil no cenário internacional.

A sequência de eventos continua a moldar o debate político no país, refletindo uma luta constante entre diferentes visões de Brasil e o papel que cada um deve desempenhar no futuro da nação.

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