Nesta segunda-feira, Donald Trump anunciou que irá federalizar a polícia de Washington, DC, e enviar a Guarda Nacional para “resgatar” a cidade de crime, violência e condição de extrema vulnerabilidade, incluindo moradores de rua. A medida, que inclui a remoção obrigatória de moradores de áreas emergenciais, tem causado forte reação pública e crítica de especialistas.
Plano de Trump para combater a situação dos moradores de rua
Segundo o anúncio, Trump afirmou que a estratégia inclui “remover pessoas sem teto de suas tendas”, oferecendo opções de albergues, tratamento para dependência química e suporte psicológico. Contudo, quem recusar essas alternativas poderá ser multado ou preso, gerando preocupação entre defensores dos direitos humanos.
Leavitt, representante de uma organização de assistência social, explicou que “os moradores de rua terão a opção de deixar seus acampamentos, de serem encaminhados a abrigos ou receberem tratamento”.
Repercussões e críticas à abordagem
O movimento é visto como controverso, sobretudo por sua ligação com cortes recentes no orçamento de programas de combate à homelessness. Até antes da nova ordem de Trump, centros de acolhida em DC já enfrentavam dificuldades de financiamento e superlotação, dificultando a assistência adequada aos moradores de rua.
Segundo a Washington Post, as vagas nos abrigos estavam no limite ou esgotadas, agravando a crise social.
Reações na internet e debates éticos
Internautas reagiram com indignação às ações propostas, com comentários como: “QUE abrigos! Trabalho na saúde mental e não há vagas nem suporte. Eles cortaram fundos!”, ou: “Se você é pobre e não aceita o abrigo, pode ser preso. É uma política de criminalização da pobreza.”
Críticas também destacam que a estratégia viola princípios de empatia e direitos humanos, com muitos afirmando que “não se resolve a questão da homelessness com prisões, isso só reforça o estigma.” Outros consideraram as ações como uma forma de fascismo disfarçado.
Crises anteriores e contexto social
As ações de Trump coincidem com cortes do governo, realizados em abril pelo escritório do Doge, que resultaram na suspensão de equipes da Organização Interinstitucional de Combate à Homelessness, agravando os desafios enfrentados pelos moradores de rua em DC.
Economistas e ativistas apontam que tais medidas reforçam mais o estigma do que soluções eficazes, além de ignorar as causas estruturais da vulnerabilidade social.
Opiniões e perspectivas futuras
Especialistas afirmam que soluções de longo prazo demandam políticas de inclusão social, habitação acessível e suporte contínuo. “A criminalização não resolve o problema, apenas o perpetua”, reforça um analista da ONG Human Rights Watch.
O governo de Washington ainda deve divulgar detalhes adicionais sobre as ações e suas possíveis repercussões. A controvérsia permanece, e a discussão sobre os direitos dos moradores de rua segue aquecida na sociedade brasileira e internacional.