Brasil, 22 de julho de 2025
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Governo avalia cenário de tarifaço dos EUA sem resposta até 1º de agosto

Fernando Haddad afirma que Brasil trabalha com múltiplos cenários diante do possível aumento de tarifas pelos EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o governo brasileiro considera a possibilidade de o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos não ser retirado até a entrada em vigor, em 1º de agosto. A declaração ocorreu em entrevista à Rádio CBN, em meio às tensões diplomáticas relacionadas às tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Preparação para vários cenários em meio a incertezas externas

Haddad destacou que o governo trabalha com diferentes planos de contingência devido às incertezas da resposta americana. “Podemos chegar no dia primeiro sem resposta? Esse é um cenário que nós não podemos, nesse momento, desconsiderar”, declarou o ministro, reforçando que o governo avalia alternativas para lidar com a situação.

Medidas de reciprocidade e diálogo com os EUA

Entre as ações estudadas, está a aplicação da lei da reciprocidade, que permite ao Brasil tomar medidas econômicas contra países que adotem barreiras comerciais unilaterais. Haddad afirmou que há estudos para calibrar possíveis respostas, como não aplicar taxas a bens de consumo importados dos Estados Unidos, com o objetivo de evitar impactos negativos na economia brasileira.

Gestão de riscos e negociações internacionais

Segundo o ministro, o governo continua empenhado em negociações com Washington, mesmo com a escalada de tensões. “A prioridade é manter o diálogo, pois o objetivo não é retaliar, mas chamar atenção para a contraproducência dessas ações”, explicou Haddad. Ele reforçou que ainda não houve resposta formal dos Estados Unidos às tentativas de negociação feitas pelo Brasil.

Respostas a setores afetados e planos de contingência

Haddad disse que o governo prepara estratégias para minimizar os efeitos do possível tarifão em setores que seriam mais impactados. “Estamos nos preparando para qualquer decisão do presidente da República”, afirmou, ressaltando que o Ministério da Fazenda possui planos de contingência para diferentes cenários.

Contexto político e tensões diplomáticas

O ministro também comentou o acirramento das relações internacionais após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificar como “inaceitável” a revogação de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal e do Procurador-Geral da República pelos Estados Unidos. A medida foi anunciada após críticas de autoridades americanas às ações de ministros brasileiros em processos envolvendo ex-presidentes.

Enquanto isso, a equipe econômica brasileira mantém o foco na negociação sobre as tarifas, acreditando que ainda há espaço para diálogo com Washington. “Nosso objetivo é evitar uma escalada maior de tensões”, concluiu Haddad.

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