Brasil, 3 de julho de 2025
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Governo Lula defende aumento do IOF e busca justiça social

Ministro Rui Costa argumenta que medida é necessária para restabelecer a governabilidade e promover justiça tributária.

Em uma intensa defesa da decisão do governo federal de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou a importância dessa medida para garantir a governabilidade e a equidade fiscal no Brasil. Durante uma agenda na Bahia, nesta quarta-feira (2/7), ele afirmou que o aumento do imposto é parte de uma política de justiça social que visa tributar os mais ricos para promover um sistema mais justo para todos.

A necessidade de restabelecer a governabilidade

Em resposta às críticas recebidas no Congresso sobre a decisão de aumentar o IOF, Rui Costa argumentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está apenas buscando restabelecer as prerrogativas do governo. “Não existe modelo presidencialista onde o presidente não possa editar decretos e fazer portarias. Portanto, o que o presidente está buscando é garantir a governabilidade”, afirmou.

O seu discurso reflete uma preocupação com o atual cenário político, no qual a ação do Executivo é frequentemente questionada e interrompida pelo Legislativo. “O que interessa é a justiça tributária, a justiça social e justiça fiscal. Os ricos precisam compreender que eles precisam pagar o condomínio”, enfatizou Rui Costa, sugerindo que todos têm a responsabilidade de contribuir para o bem-estar da sociedade.

Justiça fiscal como prioridade

O ministro destacou ainda que a decisão de aumentar o IOF é fundamental para que o governo possa isentar do Imposto de Renda aqueles que recebem até R$ 5 mil por mês, algo que, segundo ele, beneficiará as camadas mais vulneráveis da população. “Nós vivemos em um prédio onde para ter a luz e a água do condomínio, todos precisam pagar o condomínio. Os ricos não querem pagar o valor do condomínio”, afirmou, usando uma metáfora para explicar a necessidade da contribuição dos mais abastados.

Governo Lula aciona STF

Na terça-feira (1º/7), a estratégia do governo ganhou um novo contorno quando o governo Lula decidiu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar manter o decreto que aumenta o IOF. Esta medida veio após uma série de derrotas no Congresso, refletindo um esforço para reverter a situação à luz da Justiça.

Segundo o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, o pedido fundamentou-se em “três preocupações” principais: “um claro comprometimento da função administrativa própria do Poder Executivo pelo Congresso Nacional”, “violação ao princípio da separação de Poderes” e “insegurança jurídica”. Essa estratégia evidencia a tensão entre os poderes e a busca do governo por resgatar sua autoridade diante das decisões legislativas.

O futuro do IOF e a reação do mercado

A proposta de aumento do IOF não apenas se alinha a uma agenda de justiça social, mas também gera preocupações no mercado. O setor financeiro observa atentamente as movimentações do governo, temendo que decisões como essa possam impactar a confiança dos investidores e a estabilidade econômica do país. A reação negativa no Congresso, que culminou na derrubada do decreto, sugere que o governo enfrentará um terreno difícil na busca por apoio político.

O embate entre o governo e o Congresso a respeito do IOF revela um cenário político polarizado, em que as reformas necessárias para a justiça social e fiscal podem esbarrar em resistências institucionais e no medo de impactos econômicos. Para muitos, a questão vai além do imposto em si, representando um divisor de águas na luta do governo para implementar suas promessas de campanha e proporcionar um Brasil mais igualitário.

Diante desse contexto, será crucial observar como a disputa irá se desenrolar nos próximos dias e as possíveis consequências para o governo Lula, tanto nas esferas política quanto econômica.

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